O YouTube anunciou novas medidas de proteção para adolescentes, dois anos após testemunhar perante o Senado dos EUA sobre preocupações com a segurança infantil.

A empresa limitará recomendações repetidas de vídeos prejudiciais à imagem corporal e agressão social, como vídeos que comparam características físicas ou idealizam tipos de corpo, pesos e brigas sem contato ou intimidação.

O YouTube afirma que, embora esses vídeos possam parecer inofensivos individualmente, podem se tornar problemáticos quando assistidos repetidamente por adolescentes.

Repetição de vídeos

A empresa limitará a repetição de vídeos nos EUA, expandindo a medida para outros países no próximo ano.

A ação demonstra a intenção do YouTube de se antecipar às propostas de regulamentação da segurança infantil, como o projeto de lei bipartidário KOSA (Kids Online Safety Act), que foi apresentado após audiências sobre a saúde mental de adolescentes no ano passado.

(Imagem: Youtube/Reprodução)

Lembretes

Além disso, em relação às mudanças nas recomendações, o YouTube também realizará uma reformulação nos lembretes de “faça uma pausa” e “hora de dormir”, que foram originalmente introduzidos em 2018.

Segundo a empresa, essas funcionalidades estarão mais visíveis para espectadores menores de 18 anos e estarão ativadas por padrão nas configurações da conta, com um lembrete de “faça uma pausa” a cada 60 minutos.

Recursos de crise

O YouTube ampliará seus recursos de crise para tela cheia ao explorar temas sensíveis, como suicídio e automutilação. Os espectadores terão acesso a linhas diretas de ajuda de terceiros e sugestões para tópicos relacionados, como “autocompaixão” e “exercícios de fundamentação.”

OMS e a Common Sense Networks

Segundo o YouTube, os novos padrões colaboraram com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Common Sense Networks para estabelecer novos padrões.

A Common Sense Networks criará recursos educacionais para pais e adolescentes, enquanto a OMS e o British Medical Journal conduzirão uma mesa-redonda sobre saúde mental de adolescentes online, com um relatório planejado para o início de 2024.