Os filmes de ficção científica normalmente retratam robôs humanoides como superiores aos humanos. Mas e hoje, como é o desempenho de um robô no mundo real? Esta foi justamente a questão abordada por um estudo publicado esta semana na revista Frontiers in Robotics and AI.

O primeiro desafio da pesquisa comandada por Robert Riener, professor de sistemas sensório-motores no Instituto Federal de Tecnologia de Zurique, na Suíça, foi desenvolver critérios para uma comparação justa entre humanos e máquinas. 

Se quisermos que os robôs nos apoiem, eles precisam trabalhar neste ambiente criado pelo homem. Portanto, chegamos rapidamente a robôs que são semelhantes aos humanos, pelo menos anatomicamente

Robert Riener, professor de sistemas sensório-motores no Instituto Federal de Tecnologia de Zurique

O estudo

Quando o assunto é o comparativo de componentes de máquinas e humanos — microfones x ouvidos, câmeras x olhos ou sistemas de acionamento x músculos —, os robôs deveriam se sair melhor em propriedades sensoriais e motoras, o que surpreendeu o pesquisador.

“A questão é: porque não conseguimos construir hoje um robô a partir desses componentes de alta qualidade que tenha melhores movimentos e percepção que os humanos”, disse.

As descobertas

Os resultados são mais variados em outras situações como pegar objetos. Embora os robôs possam pegar objetos com rapidez, eles ainda não são capazes de nos superar em movimentos das mãos e habilidades de manipulação dos dedos.

Outra limitação dos robôs também aparece ao nadar, rastejar e saltar. A maioria de nós pode realizar e combinar estes movimentos, já os robôs não.

Conclusão

O progresso feito pela robótica nos últimos anos é incrível. Desejamos ter robôs ao nosso redor para poderem nos ajudar em tarefas difíceis ou perigosas. No entanto, nossos ambientes são muito complexos e, portanto, não é tão fácil para os robôs funcionarem aqui de forma autônoma e sem erros. No entanto, estou confiante de que em breve conseguiremos construir robôs mais inteligentes e capazes de interagir melhor conosco

Robert Riener, professor de sistemas sensório-motores no Instituto Federal de Tecnologia de Zurique

Um próximo passo importante é avançar em engenharia de sistemas e controle, conclui a pesquisa. Dessa forma, será possível usar robôs em cuidados de enfermagem e domiciliários para apoiar pessoas com mobilidade limitada ou na indústria da construção, onde quer que o apoio seja necessário.