Morreu na terça-feira (7), aos 95 anos, Frank Borman, astronauta que comandou a Apollo 8, da NASA, em 1968, durante o primeiro voo tripulado na órbita da Lua, um ano antes do primeiro pouso do homem em nosso satélite natural.
A Apollo 8 levou três astronautas o mais longe da Terra do que jamais ninguém foi. Ela orbitou a Lua por dez minutos, voando a cerca de 96,5 km da superfície lunar. Seu objetivo era fotografar um lugar bem escuro e com várias pedras para tentar achar lugares em potencial para missões futuras pousarem.
Legado de Frank Borman
Treinado como piloto de caça e conhecido por seus reflexos rápidos e excepcionais habilidades de tomada de decisão, Borman foi um dos melhores pilotos puros que a NASA teve.
James A. Lovell Jr., companheiro de Borman na Gemini 7 e na Apollo 8, em seu livro “Lost Moon” (1994)
Quando Frank Borman entrava em uma sala, você sabia que ele estava no comando. Ele foi moldado em West Point. Aos 40 anos, ele ainda usava o cabelo loiro escuro tão curto quanto o de um cadete e ainda vivia de acordo com o lema simples do Point: ‘Dever, Honra, Pátria’. A missão veio primeiro.
Andrew Chaikin, em seu livro “A Man on the Moon” (1994)
Borman deixou a Nasa e a Força Aérea dos EUA em 1970, seguindo entre como figura pública ao presidir a Eastern Airlines até 1986, chegando a participar de propagandas da empresa.
Eu estava lá porque era uma batalha na Guerra Fria. Eu queria participar desta aventura americana de derrotar os soviéticos. Mas essa foi a única coisa que me motivou.
Frank Borman, em entrevista ao programa “This American Life”, da NPR, em 2018
Era bem possível que ele pisasse na Lua em outras missões que fossem tripuladas para nosso satélite natural, segundo ele mesmo, mas optou por não ir.
Eu não teria aceitado o risco envolvido em ir catar pedras. Amo minha família mais do que tudo no mundo. Eu nunca os teria submetido aos perigos simplesmente por ser um explorador.
Frank Borman, em entrevista ao programa “This American Life”, da NPR, em 2018
Para ele, a visão mais impressionante na Apollo 8 foi a Terra. “O contraste entre nossas memórias da Terra e a cor da Terra e a Lua totalmente sombria e morta foi impressionante”, afirmou, finalizando que era uma imagem da qual “lembrarei até o dia de minha morte”.
Fonte: Olhar Digital
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