Os aparelhos de realidade virtual surgiram como uma novidade revolucionária, que foi aproveitada principalmente no setor de jogos e entretenimento no geral. No entanto, a tecnologia não forneceu tudo que prometeu e ainda é limitada no que diz repeito ao que o usuário pode fazer, já que não há ações que realmente se diferenciem da realidade.
É o que pesquisadores da Universidade de Cambridge defenderam e resolveram mudar. Eles criaram uma ferramenta de realidade virtual que dá aos usuários capacidades “super-humanas”, permitindo que eles façam gestos para controlar objetos e formas.
Realidade virtual super-humana
HotGesture
Como resposta, o grupo criou o HotGestures, uma ferramenta em que os usuários realizam gestos com a mão para abrir, fechar e manipular de forma geral objetos em ambientes de realidade virtual.
Por exemplo, com a novidade, uma pessoa não precisaria ir atrás da ferramenta “tesoura”, selecionar o pedaço a ser retirado e confirmar o comando. Bastaria fazer um gesto de corte no local em que deseja.
De acordo com o site Tech Xplore, para isso, eles construíram um sistema de reconhecimento de gestos de rede neural que reconhece os comandos feitos pelas mãos. Por enquanto, são 10 opções de ação, cada uma ativada por um gesto específico: caneta, cubo, cilindro, esfera, paleta, spray, cortar, dimensionar, duplicar e excluir.
Ainda, eles treinaram o sistema para que não houvesse ativações falsas, confundindo o movimento das mãos com um gesto de comando.
Veja uma demonstração:
Aplicações da nova realidade virtual
Segundo o pesquisador líder, a novidade faz sentido porque já nos comunicamos usando as mãos. Além disso, dá uma verdadeira utilidade para a realidade virtual.
Atualmente não existe nenhum sistema de realidade virtual disponível que possa fazer isso. Se usar realidade virtual é como usar um teclado e um mouse, então qual é o sentido de usá-la? Ela precisa lhe dar poderes quase sobre-humanos que você não consegue em outro lugar.
Per Ola Kristensson
Os criadores do HotGestures disponibilizaram publicamente o código-fonte e o conjunto de dados usado para criar e treinar a ferramenta, para que programadores e designers de jogos e apps possam incorporá-la em seus produtos.
Fonte: Olhar Digital
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