A missão Lucy, da NASA, considerava que o asteroide Dinkinesh tinha uma pequena lua orbitando ao seu redor. Agora, imagens adicionais revelaram que essa luazinha, na verdade, são duas. A princípio, pareciam uma só por estarem muito próximas uma da outra (a ponto de se tocaram) enquanto orbitam o asteroide.
Para quem tem pressa:
Quando um par de objetos celestes orbita tão próximo assim, os cientistas o chamam de “binário de contato”. Olhando de longe, esses binários assumem uma forma de amendoim ou pera. No caso de asteroides e cometas, poucos parecem ser (e ter) binários de contato.
Luas gêmeas de um asteroide
O que torna as luas de Dinkinesh incomuns é que ambos os lobos têm aproximadamente o mesmo tamanho. É que a maioria dos binários de contato é desequilibrada. Além disso, é um pouco misterioso como dois corpos de tamanho igual se manteriam unidos gravitacionalmente, segundo os pesquisadores da NASA.
É desconcertante, para dizer o mínimo. Será divertido para a comunidade científica entender isso.
Hal Levison, astrônomo e um dos principais pesquisadores da missão Lucy, em comunicado da NASA
O asteroide Dinkinesh, carinhosamente conhecido como “Dinky”, tem cerca de 790 metros de diâmetro, o que o torna o menor asteroide do cinturão principal já explorado por uma sonda espacial.
Astrônomos observam Dinkinesh desde 1999 e sabiam que o asteroide era um pouco incomum devido à variação de sua luminosidade. Mas eles não previam que o pequeno asteroide abrigava uma lua, muito menos duas. Com base nas imagens da Lucy, suas luas parecem ter um diâmetro combinado de aproximadamente 220 metros.
Dinkinesh não é o objetivo principal da missão Lucy. O sobrevoo do asteroide foi adicionado à programação da sonda como um aquecimento para sua missão principal: o levantamento sobre dos asteroides troianos de Júpiter pela primeira vez.
Se tudo correr bem, a Lucy chegará a essas distantes rochas espaciais em 2027. Mas esse teste inicial indica que o equipamento da Lucy está funcionando ainda melhor do que os astrônomos esperavam.
Agora, a equipe de pesquisa planeja fazer com que a Lucy capture imagens de outro asteroide do cinturão principal, o Donaldjohanson, à medida que passar rapidamente por ele em 2025.
Fonte: Olhar Digital
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