Não há volta: os carros elétricos chegaram para ficar. Com a diversificação de modelos, os SUVs se tornaram mais populares, mas isso pode significar um risco para o meio ambiente. Isso porque as baterias desses veículos são maiores e mais pesadas, exigindo o uso de mais minerais, como o lítio, para sustentá-la.

Em poucos anos, a crescente demanda pode arriscar o fornecimento de metais no mundo inteiro, o que levaria a um desequilíbrio de cadeias produtivas e até de biomas nos locais de extração.

SUVs elétricos

De acordo com o site Tech Xplore, em 2019, 30% dos modelos elétricos disponíveis no mundo eram SUVs. Em 2022, o número subiu para 40%. Outros 15% eram de veículos ainda maiores.

O problema dos SUVs é que, por serem maiores e mais pesados, requerem baterias proporcionalmente maiores e mais pesadas, podendo chegar até ao dobro de um modelo mais compacto. Só que, para produzi-las, mais metais são necessários: a bateria de lítio depende, ainda, de cobalto e níquel, às vezes demandando até 170 kg desses componentes em uma única unidade.

Ainda segundo o site, para construir a bateria de um SUV, é necessário extrair 75% mais matérias-primas do meio ambiente do que para a de um carro normal.

Pilhas coloridas enfileiradas
(Imagem: Reprodução/Cambridge University Press)

Riscos ao meio ambiente

Soluções

Ainda não há soluções concretas e o risco depende da demanda.

A União Europeia é um exemplo de mercado em crescimento que já está pensando nesses risco. Em 2021, a região definiu uma proporção mínima de metais reciclados nas novas baterias. 6% do lítio e níquel e 14% do cobalto devem ser provenientes de materiais reutilizados.