Uma fêmea de tubarão da espécie Hemiscyllium ocellatum, sem ter contato com machos há anos, conseguiu se tornar mãe no Zoológico de Brookfield, em Chicago (EUA). O “milagre marinho” se deu por meio de processo chamado partenogênese, que permite que um embrião se desenvolva a partir de um óvulo não fertilizado.

A fêmea chegou ao zoológico com três anos e, mesmo sem ter sido mantida com um macho desde 2019, começou a depositar entre dois e quatro ovos inférteis a cada mês. Um dos ovos, porém, estava fecundado e acabou por eclodir. O filhote vem se alimentando bem de dieta composta por capelin picado, tentáculos de lula e outros frutos-do-mar.

Partogênese?

Essa não é a primeira vez que a partenogênese é observada em tubarões. Anteriormente, casos semelhantes já haviam acontecido com tubarões-martelo e, possivelmente, com um tubarão-liso. Mais recentemente, em 2022, um tubarão-zebra conseguiu ter filhotes por partenogênese, apesar de machos saudáveis estarem disponíveis para acasalar.

Outro caso de reprodução de um tubarão sem a presença de um macho aconteceu em 2021, na Itália, quando uma fêmea de cação-liso se reproduziu assexuadamente e deu à luz a um filhote fêmea.

Tubarão Hemiscyllium ocellatum

Os tubarões da espécie Hemiscyllium ocellatum são criaturas fascinantes. Encontrados na Austrália e Nova Guiné, eles costumam procurar comida no fundo do mar, mas podem também “andar” com suas nadadeiras em busca de alimento. É importante ressaltar que essa espécie de tubarões já foi observada caminhando em terra firme.

Mike Masellis, especialista líder em cuidados com animais do Zoológico de Brookfield, afirmou que “estamos ansiosos para que os visitantes possam ver o filhote”.