Um tumor ovariano foi encontrado por um grupo de arqueólogos em antigo cemitério no Egito. A descoberta, uma massa óssea com dois dentes, se trata do mais antigo teratoma já encontrado, de acordo com o Live Science.

Agora, na nova pesquisa, publicada noInternational Journal of Paleopathology, um teratoma foi encontrado na pélvis de uma mulher de 18 a 21 anos enterrada há cerca de três mil anos, anterior a qualquer outro achado do tipo. A descoberta foi feita em antigo cemitério do período do Novo Reino de Amarna, no Egito.

Cidade de Amarna

Amarna foi uma cidade que surgiu no lado oriental do Rio Nilo, entre as cidades de Cairo e Tebas. No período de 1345 e 1336 a.C., ela foi o centro da adoração do faraó Akhenaton ao deus sol Aton e lar de sua corte real, até que foi abordada uma década depois da morte do rei. A cidade contava com palácios e infraestruturas que abrigavam entre 20 e 50 mil habitantes.

Teratoma in situ em incisura ciática esquerda
Teratoma em incisura ciática esquerda data de três mil anos atrás (Imagem: Projeto M. Wetzel/Amarna)

A mulher com o tumor foi encontrada na investigação de um dos quatro grandes cemitérios de Amarna. A massa óssea estava na pélvis da jovem e possuía o tamanho de uma uva e duas cavidades contendo dentes deformados. Devido à localização e à composição do tumor, os pesquisadores apontaram se tratar de um teratoma.

O esqueleto estava enrolado em esteira de fibra vegetal e enterrado com bens funerários, como um anel com a figura de Bes, divindade associada ao parto, fertilidade e proteção. Por conta disso, acredita-se que o teratoma era sintomático e que a mulher estava tentando invocar a deusa para protegê-la da dor ou permitir que ela concedesse um filho.

Agora, os pesquisadores querem dar continuidade às investigações dos túmulos e cemitérios de Amarna e de outras regiões do Egito e tentar encontrar potenciais objetos “magico-médicos”, como o anel de Bes para o tumor.