A Cruise, subsidiária da General Motors (GM), confirmou a demissão de parte dos trabalhadores da empresa. A medida afeta os funcionários que atuavam na manutenção da frota de veículos autônomos da empresa e ocorre após a suspensão das atividades dos robotáxis em função dos riscos à segurança pública e do anúncio de um recall de 950 veículos pela empresa.

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As demissões incluem funcionários que atuavam na limpeza, carregamento e manutenção dos veículos autônomos, além do suporte ao cliente, de acordo com a porta-voz da Cruise, Tiffany Testo. A empresa citou a crise que enfrenta como motivo dos desligamentos. A companhia emprega cerca de quatro mil pessoas. As informações são da TechCrunch.

Cruise
Veículo autônomo da Cruise (Imagem: Michael Vi / Shutterstock)

Crise da Cruise

Nas últimas semanas, o Departamento de Veículos Motorizados da Califórnia que decidiu suspender temporariamente as operações da Cruise após o atropelamento de um pedestre. O caso ocorreu no dia 2 de outubro, em São Francisco, nos Estados Unidos.

De acordo com a empresa, “um veículo conduzido por humanos atingiu a pedestre enquanto trafegava na pista imediatamente à esquerda de um veículo autônomo”. Ainda segundo o comunicado divulgado, o impacto teria sido tão grande que lançou a mulher contra o robotáxi.

Depois disso, a Cruise suspendeu sua frota também nos estados do Arizona, Flórida e Texas enquanto reavalia os protocolos de segurança. Ela também interrompeu a produção dos ônibus Cruise Origin totalmente sem motorista.

E mais recentemente, anunciou o recall de 950 veículos, reconhecendo que, em determinadas situações, o sistema de direção autônoma interpreta equivocadamente o acidente como uma colisão lateral, ordenando que o veículo encoste na lateral da pista em vez de permanecer parado. Nesses casos, há risco de atropelamento.

Além de todos esses problemas, a Cruise está sendo alvo de uma investigação da Administração Nacional de Segurança de Tráfego Rodoviário dos Estados Unidos para determinar se a Cruise tem adotado as medidas de segurança adequadas para o oferecimento do serviço. Em dezembro do ano passado, o mesmo órgão anunciou que iria apurar relatos de que os robotáxis “podem se envolver em frenagens bruscas inadequadas ou ficar imobilizados”.

Longo histórico de ocorrências envolvendo os veículos autônomos