Algumas galáxias flutuam sozinhas no Universo, outras acabam se juntando em aglomerados, unidas pela gravidade. Nesses grupos, formações galácticas maiores podem acabar devorando suas irmãs menores, que se fundem a elas. No entanto, um novo estudo encontrou galáxias minúsculas, mas com densidade o suficiente para saírem vivas disso.
Publicada recentemente na revista Nature, a pesquisa utilizou dados do Telescópio Gemini North, próximo à montanha Mauna Kea, no Havaí. O objetivo era investigar um canibalismo galáctico em andamento, perto do Aglomerado de Virgem, e a existência de pequenas formações galácticas que estão sobrevivendo a ele e se tornando anãs ultracompactas (UCDs).
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Em meio às milhares de galáxias do aglomerado, os pesquisadores conseguiram detectar 106 pequenas delas que estão se encaminhando para se tornarem UCDs. Elas exibem envelopes de estrelas de longo alcance, o que sugere que suas camadas externas estariam sendo destruídas por grandes galáxias próximas. Enquanto isso, no entanto, agrupamentos apertados de estrelas em seus centros revelam que sua aderência gravitacional é forte o suficiente para sobreviver à fusão, segundo os astrônomos.
É emocionante podermos finalmente ver esta transformação em ação. Isso nos diz que muitas destas UCDs são restos fósseis visíveis de antigas galáxias anãs em aglomerados de galáxias, e os nossos resultados sugerem que há provavelmente muito mais restos de massa baixa a serem encontrados.
Eric Peng, coautor do estudo, em comunicado
Galáxias “penetras” confundiram observações anteriores
Esses candidatos a UCDs foram identificados pela primeira vez a partir de observações realizadas com Telescópio Canadá-França-Havaí, também localizado próximo à montanha Mauna Kea. No entanto, as galáxias-alvo estavam sendo confundidas com formações mais ao fundo do Aglomerado de Virgem.
Agora, como o Gemini North, os pesquisadores conseguiram medir com precisão as distâncias de cada uma e remover as formações de fundo, permitindo que apenas aquelas no Aglomerado de Virgem fossem observadas. A investigação acabou mostrando que quase todas UCDs vivem próximas às maiores.
Fonte: Olhar Digital
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