A Guerra Fria foi um dos momentos de maior tensão para a humanidade com a corrida nuclear em em andamento. Mas não apenas o nosso planeta ficou em risco naquela épica. Isso porque o governo dos Estados Unidos chegou a considerar a ideia de detonar uma bomba de hidrogênio na Lua.
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Projeto ultrassecreto
Por que explodir uma bomba de hidrogênio na Lua?
Entre maio de 1958 e janeiro de 1959, Reiffel produziu, a pedido de membros do alto escalão da Força Aérea dos EUA, vários relatórios sobre a viabilidade do projeto. A existência do projeto só foi descoberta na década de 1990 após ser mencionado em um requerimento para uma universidade de elite nos EUA.
Embora o plano pudesse ter ajudado a responder algumas questões sobre a Lua, o principal objetivo da Casa Branca era demonstrar sua força. A bomba explodiria na linha entre os lados claro e escuro da Lua, conhecida como terminador ou zona de crepúsculo, para criar um flash de luz brilhante que qualquer um, mas especialmente o governo Russo, poderia ver a olho nu.
A ausência de uma atmosfera significava que não haveria a famosa nuvem de cogumelo nuclear após a explosão. Mas o que levaria um governo a colocar em prática um plano desses?
Na década de 1950, os Estados Unidos estavam com muito medo de não vencerem a Guerra Fria. Havia uma sensação, alimentada por políticos americanos e pela própria opinião pública, de que a União Soviética (URSS) estava à frente na corrida nuclear, especialmente no desenvolvimento e número de bombardeiros e mísseis nucleares.
Apesar de terem realizado a primeira explosão de uma bomba de hidrogênio em 1952, os americanos viram os soviéticos conseguiram explodir a versão deles apenas três anos depois, e então, em 1957, Moscou deu um grande salto na corrida espacial com o lançamento do Sputnik 1, o primeiro satélite artificial em órbita ao redor do mundo.
Além disso, havia uma série de relatos (alguns se mostraram totalmente equivocados depois) apontando que os soviéticos podiam já estar planejando lançar um foguete com armas nucleares contra a Lua. Um deles, com o codinome E4, era uma imitação do americano e acabou sendo descartado por Moscou por medo de que um lançamento fracassado pudesse fazer com que a bomba caísse na própria Rússia.
Felizmente, o governo dos EUA também desistiu do plano. Segundo alguns especialistas, a Guerra do Vietnã pode ter provocado uma espécie de exame de consciência por parte das autoridades. Apesar disso, em 2000, Reiffel disse que o projeto era “tecnicamente viável” e que a explosão teria sido visível na Terra. A maioria dos detalhes do Projeto A119 não foi divulgada até hoje e, aparentemente, muitos deles foram destruídos.
Fonte: Olhar Digital
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