Atualmente, os novos iPhones são construídos com peças codificadas que podem funcionar mal caso sejam trocadas de forma inadequada. De acordo com a iFixit, empresa que analisa componentes da Apple e os vende para reparo, sete peças dos iPhones 15 podem causar problemas depois do conserto.
Quanto mais novo o modelo, mais problemas com peças
Por que é tão caro consertar um iPhone?
Ao controlar os reparos de seus dispositivos, a Apple incentiva que seus clientes invistam no AppleCare, seguro que oferece substituições gratuitas de baterias e conserto de tela. Como informa o NY Times, a partir desse serviço, a Apple arrecada cerca de US$9 bilhões anualmente.
A dificuldade em trocar peças de iPhones levanta questões sobre o compromisso da Apple com a sustentabilidade. Afinal, alguns defensores de reparos independentes dizem que a empresa poderia cumprir com seus objetivos de reduzir a emissão de carbono facilitando a troca das peças, e, consequentemente, encorajando os usuários a manterem seus dispositivos em vez de comprar novos.
Para controlar o reparo independente de peças (quando não é realizado pela empresa), a Apple faz uso de softwares capazes de limitar esses consertos.
Além da fabricante de iPhones, outras empresas defendem essa prática sob a justificativa de proteger a segurança dos clientes e a marca da empresa, sendo que peças de má qualidade podem comprometer a segurança dos dispositivos.
Esforços para facilitar reparos independentes
Nos Estados Unidos, a “Campanha pelo Direito ao Reparo” (PIRG) pressiona legisladores a facilitarem os consertos de dispositivos da Apple e outras fabricantes.
“Basicamente, é preciso pedir permissão antes de fazer um reparo”, disse Nathan Proctor, um dos líderes da campanha.
Recentemente, o Conselho Econômico Nacional dos EUA determinou que a Apple terá que cumprir as novas regras da legislação da Califórnia que garante o “direito ao reparo”.
Com isso, a Apple deverá facilitar o acesso à informação para que consumidores e serviços de reparo independente consigam consertar os eletrônicos da marca no estado.
Além da Califórnia, outros três estados (Nova Iorque, Colorado e Minnesota) já adotaram a mesma legislação.
Fonte: Olhar Digital
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