O uso de cigarros eletrônicos – os vapes – entre estudantes do ensino médio nos Estados Unidos teve uma queda significativa em 2023, segundo um relatório divulgado pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC). Isso representa uma mudança notável em relação aos anos anteriores.
Para quem tem pressa:
De acordo com a pesquisa, apenas 10% dos estudantes do ensino médio relataram ter utilizado cigarros eletrônicos no mês anterior, em comparação com os 14% registrados no ano passado.
A pesquisa abrangeu mais de 22 mil alunos, que responderam um questionário online. Esta pesquisa é considerada uma das melhores medidas anuais para avaliar as tendências de tabagismo entre os jovens.
Vapes entre jovens nos EUA
O relatório aponta que a redução no uso de cigarros eletrônicos entre estudantes do ensino médio pode ser atribuída a uma variedade de fatores. Entre eles, estão: iniciativas para aumentar os preços desses produtos e restringir as vendas para menores, além do aumento da idade legal para 21 anos, conforme publicado pela agência de notícias Associated Press (AP).
Kenneth Michael Cummings, pesquisador da Universidade da Carolina do Sul, expressou otimismo em relação à diminuição do uso, considerando-a uma vitória para a saúde pública. Brian King, diretor do centro de tabaco da Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA), também enfatizou o encorajamento diante da redução substancial no uso de cigarros eletrônicos entre os alunos do ensino médio no último ano.
Outros apontamentos importantes feitos no relatório:
Contexto
A FDA, agência reguladora de medicamentos dos EUA, enfrenta desafios na regulamentação desses produtos, especialmente os importados da China. Produtos descartáveis, como Elf Bar e Esco Bar, tornaram-se proeminentes, preenchendo a lacuna deixada pela proibição de certos sabores nos cigarros eletrônicos reutilizáveis.
Embora a FDA tenha anunciado multas contra lojas que vendiam produtos Elf Bar, a disponibilidade desses produtos ainda é generalizada. O relatório destaca a necessidade contínua de esforços regulatórios para lidar com o mercado ilegal de cigarros eletrônicos.
Em relação ao Brasil, onde a venda de cigarros eletrônicos é proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) desde 2009, mais de dois milhões de brasileiros consomem diariamente esses dispositivos, representando uma preocupação de saúde pública e a necessidade de medidas mais eficazes de fiscalização e conscientização.
Fonte: Olhar Digital
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