O futebol sul-americano, em especial o brasileiro, é culturalmente conhecido por não dar muito tempo de trabalho aos treinadores nas equipes. Na atual temporada, inclusive, os clubes que disputam o Brasileirão já trocaram de técnico em 29 oportunidades. Esta tendência, inglória, tem sido replicada também no mundo árabe em 2023.
A badalada Liga Saudita chegou a rodada número 13 no último final de semana e sete técnicos já foram demitidos de seus respectivos cargos, uma média que beira a uma demissão a cada duas rodadas.
Um dos últimos a puxar a fila dos demitidos foi o português Nuno Espírito Santos, que deixou o Al-Ittihad após entrar em rota de colisão com o astro Karim Benzema, principal investimento do clube na temporada.
Considerado como novo “Eldorado” do futebol mundial, a Arábia Saudita ainda caminha para evolução estrutural do esporte no país e a falta de continuidade para os técnicos pode ser vista como um efeito colateral neste processo.
Com muito dinheiro investido e estrelas mundiais contratadas, os clubes entendem que a resposta dentro de campo deve ser imediata, ignorando o trabalho técnico e tático (e até mesmo de entrosamento entre os atletas). A receita não vem pronta.
O líder e todo poderoso Al Hilal é um grande exemplo. Há dois meses, movidos pela expectativa do início de Neymar no clube, os dirigentes do Hilal, por conta de uma sequência ruim de atuações, cogitou a demissão de Jorge Jesus, que, àquela altura, tinha 70% de aproveitamento à frente da equipe
Marcel Keizer (Al Shabab)
Yannick Ferrera (Al Riyadh)
Krešimir Režić (Al Tai)
Czesław Michniewicz (Abha)
Filipe Gouveia (Al Hazem)
Nuno Espírito Santo (Al Ittihad)
Jorge Mendonça (Al Okhdood)
Fonte: Ogol
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