Usando um novo instrumento de espectroscopia do Telescópio Gemini do Norte, em Mauna Kea, no Havaí, um grupo de astrônomos conseguiu observar uma estrela moribunda escondida por uma nuvem de poeira cósmica.
Vamos entender:
Embora a nebulosa não seja observável em luz visível devido à poeira cósmica, o novo espectrômetro Immersion Grating Infrared Spectrograph-2 (IGRINS-2) opera em comprimentos de ondas infravermelho próximo capaz de atravessá-la e enxergar o que existe atrás.
Assim, o equipamento conseguiu identificar elementos como isótopos de bromo, hélio, ferro, criptônio e selênio na nebulosa, além de grandes quantidades de hidrogênio molecular.
O novo espectrômetro que atravessa poeira cósmica
Esse novo espectrômetro é uma versão atualizada do IGRINS, construído em 2014 por pesquisadores do Instituto Coreano de Astronomia e Ciências Espaciais (KASI) e da Universidade do Texas. Atualmente, ele se encontra no Telescópio Gemini Sul, no Chile, mas já operou em diversos observatórios do mundo todo.
Agora, a outra metade do Observatório Internacional Gemini, o Gemini Norte, no Havaí, conta com o INGRINS-2, que ficará na instalação permanentemente.
O foco do instrumento são as regiões de nascimento estelar, assim como as de morte, os exoplanetas, as anãs marrons frias e galáxias distantes envoltas em poeira.
A capacidade do IGRINS-2 de observar regiões do universo que de outra forma seriam opacas nos permitirá entender melhor como as estrelas nascem e muitos outros fenômenos astronômicos escondidos atrás da poeira galáctica.
Martin Still, diretor do Programa da National Science Foundation para o Observatório Internacional Gemini, em comunicado
Fonte: Olhar Digital
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