Dominica, um país insular montanhoso no Caribe com 750 km quadrados, acaba de criar a primeira área de proteção marinha para um dos maiores mamíferos da Terra: os cachalotes. A medida visa não só ajudar a preservar esses animais como auxiliar no enfrentamento da crise climática vigente.
Sobre os cachalotes de Dominica:
Os cachalotes foram caçados por muito tempo. Embora essa atividade seja proibida em quase todo o mundo atualmente, eles ainda podem enfrentar outros perigos. Próximo a Dominica, por exemplo, redes de pesca ou atropelamentos de navios colocam esse animais em risco. Assim, uma área de proteção ajudará a proteger a espécie desses incidentes.
Implementação da área de proteção marinha dos cachalotes
O anúncio da criação da reserva aquática dos chachalotes foi feito pelo governo de Dominica na segunda-feira (13). A área tem cerca de 800 quilômetros quadrados, sendo maior que a própria ilha, e está localizada a oeste do país. Em resposta à AP News, o primeiro-ministro Roosevelt Skerrit destacou a importância da medida.
Queremos garantir que esses animais majestosos e altamente inteligentes estejam protegidos contra danos e continuem a manter as nossas águas e o nosso clima saudáveis.
Roosevelt Skerrit, primeiro-ministro de Dominica
O governo dominiquense ainda apontou que serão anunciados um oficial e observadores que irão garantir que sejam cumpridas regras como:
Fezes de cachalotes e clima da ilha
Em troca de garantir sua preservação, os cachalotes ajudarão a cuidar do clima da ilha a partir do seu cocô. Esses animais defecam próximo à superfície e quando suas fezes são liberadas, seus nutrientes servem de alimentação para os fitoplânctons, que acabam por florescer.
Enquanto a comunidade de fitoplâncton cresce, eles capturam dióxido de carbono da atmosfera, e quando morrem carregam o gás para o fundo do oceano. A vantagem é que a população de cachalotes de Dominica defeca muito, mais do que espécimes em outros locais do planeta.
Os pesquisadores não sabem ao certo porque isso acontece, mas acredita-se que seja devido a um tipo de lula que elas comem, ou simplesmente por comerem mais. Seja como for, preservar os cachalotes é vantajoso para todo mundo.
Fonte: Olhar Digital
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