A internet pode soar como algo intrínseco à inovação e à tecnologia, mas alguns lugares do mundo ainda experimentam um acesso precário. Se você morar em uma área rural dos Estados Unidos, talvez um pombo-correio leve sua mensagem ao destino mais rápido do que a conexão digital.
Isso porque o acesso à internet depende de empresas que vendam esse serviço e, em áreas onde a demanda é menor — e consequentemente a concorrência é menor também —, os cidadãos ficam limitados a baixíssimas velocidades.
Para se ter uma ideia, em 1850, a Reuters enviou uma frota de 45 pombos carregando informações sobre preços das ações entre Bruxelas, na Bélgica, e Aachen, na Alemanha. O trajeto levou duas horas, quando um trem levaria seis. Caso um morador de locais mais afastados queira enviar um grande número de dados via internet, talvez seja melhor aderir ao “meio de transporte alternativo”.
Conexão à internet
Motivos e soluções
De acordo com Alex Kelley, chefe de consultoria de banda larga do Centro de Inovação Rural, isso acontece devido à disparidade de investimento em áreas urbanas e rurais, uma vez que as empresas preferem investir em ambientes mais competitivos.
Como resposta, algumas áreas rurais têm evitado grandes fornecedores do serviço e preferido pequenos negócios de internet regionais, como aconteceu com a Dakota do Norte, que tem uma das conexões mais rápidas do país.
Só que, para Kelley, a ineficiência dos serviços de internet nessas áreas podem resultar em um atraso econômico ou no aumento do desemprego, uma vez que a sociedade e economia funcionam cada vez mais digitalmente.
O problema da internet
No final das contas, os pombos não são uma boa solução — afinal, eles não duram para sempre, precisam parar para comer e se hidratar, e não conseguem carregar grandes quantidades de dados. A brincadeira feita pelo The Washington Post é para mostrar um ponto.
Algumas empresas que também enfrentam o problema da internet já acharam soluções. Para um cidadão comum das regiões rurais dos EUA, carregar 35 GB de informações online pode levar muito mais tempo do que enviar a ave para fazer a tarefa. Mas, para a Amazon, por exemplo, transferir 100 petabytes (algo em torno de 20 bilhões de fotos do iPhone) demoraria dias, talvez semanas. E haja pombo para carregar tudo isso!
A companhia, então, lançou o AWS Snowmobile em 2016 como uma alternativa. Basicamente, essa quantidade monumental de dados é transportada em um contêiner.
Fonte: Olhar Digital
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