As concentrações de gases do efeito estufa no planeta atingiram níveis inéditos no último ano. É o que revela um novo estudo da Organização Meteorológica Mundial (OMM), divulgado na quarta-feira (15).
Para quem tem pressa:
Em 2022, as concentrações médias globais de dióxido de carbono – o gás carbônico (CO2) – ultrapassaram os níveis pré-industriais em mais de 50%, atingindo 417,9 ppm (partes por milhão, número de moléculas do gás a cada milhão de moléculas de ar), um aumento de 0,5% em relação a 2021, segundo o estudo da OMM.
Gases do efeito estufa: o que diz o estudo
Outros gases, como metano (CH4), apresentaram um aumento alarmante de 264%, enquanto o óxido nitroso (N2O) registrou seu maior aumento anual, atingindo 0,42%. As consequências desse cenário incluem ondas de calor, secas e inundações devastadoras, impactando tanto a população quanto a economia.
A OMM emitiu um alerta, indicando que, apesar de décadas de advertências, as emissões de gases do efeito estufa continuam na trajetória errada. Petteri Taalas, Secretário Geral da OMM, destacou que as atuais concentrações indicam um aumento nas temperaturas além das metas estabelecidas pelo Acordo de Paris.
A persistência prolongada do CO2 na atmosfera levanta preocupações sobre um aumento contínuo das temperaturas, mesmo se houver reduções significativas nas emissões.
Nesse contexto, a OMM enfatiza a importância da Vigilância Mundial de Gases de Efeito Estufa, programada para operar em 2028, como uma ferramenta crucial para monitorar e combater as mudanças climáticas, fornecendo dados específicos sobre emissões para embasar políticas públicas eficientes.
O efeito estufa é um fenômeno natural crucial para manter a Terra aquecida. Ele ocorre quando certos gases na atmosfera, como dióxido de carbono (CO2) e metano (CH4), retêm parte do calor, impedindo que ele escape para o espaço. Assim, ele mantém a temperatura do planeta num nível adequado para a vida.
Atividades humanas, como a queima de combustíveis fósseis, aumentam a concentração de gases como CO2 e CH4, intensificando o efeito estufa e contribuindo para o aquecimento global – o que pode ter efeitos negativos no clima e no meio ambiente.
Fonte: Olhar Digital
Comentários