A Meta permitirá que anúncios políticos no Facebook e Instagram questionem a legitimidade das eleições presidenciais de 2020. Como reportou o The Wall Street Journal, mesmo com essa alteração de política, a empresa proibirá publicações que questionem a legitimidade de eleições em curso ou futuras.

No ano passado, a Meta anunciou sua nova abordagem que impedia anúncios direcionados a usuários dos Estados Unidos, Brasil, Israel e Itália cuja intenção fosse desincentivar as pessoas de votar, ou deslegitimar alguma vitória eleitoral.

Fontes familiarizadas com o assunto disseram ao WSJ que os executivos da Meta tomaram a decisão baseada em considerações de liberdade de expressão, após considerar que as eleições norte-americanas de 2020 eram contestadas por uma parte do eleitorado.

Como relatou a CNN, a mudança não agradou os apoiadores da campanha de Joe Biden. TJ Ducklo, ex-assessor da Casa Branca, que se juntou à campanha de reeleição do democrata, criticou a alteração de política da big tech:

Gostaríamos de poder dizer que ficamos surpresos por Meta estar optando por lucrar com a negação eleitoral, mas parece ser uma característica deles, não um bug. 

Joe Biden venceu as eleições em 2020 de forma clara, inequívoca e justa – não importa o que a Meta decida promover.

TJ Ducklo, ex-assessor da Casa Branca.

Além disso, a Meta realizou outras mudanças em suas políticas que alteram a influência e alcance de publicações em comparação com eleições anteriores, isso inclui um ajuste de algoritmo que tira a ênfase do conteúdo político orgânico no Facebook, segundo as fontes próximas ao assunto.

Outras plataformas também fizeram mudanças em suas políticas pensando nas eleições presidenciais de 2024. O YouTube anunciou que removeria alegações de fraude generalizada sobre a eleição presidencial anterior. O X (antigo Twitter) disse que voltaria a permitir anúncios políticos após serem proibidos em 2019.