Militares do Corpo de Bombeiros concentram esforços em três frentes para controlar incêndios de grandes proporções em Mato Grosso do Sul
O trabalho incansável para conter os incêndios florestais no Pantanal, em Mato Grosso do Sul, está focalizado em três regiões críticas. As tropas dos bombeiros atuam intensamente na região norte, próxima à divisa com o Mato Grosso (conhecida como Pantanal do Paiaguás), na região do Passo do Lontra e na região do Rio Negro.
Em uma reunião no início da semana, representantes do Governo do Estado traçaram estratégias eficazes para enfrentar os incêndios de grande escala. Dentre as medidas adotadas, destaca-se o acionamento de aeronaves para apoio logístico, incluindo aeronaves específicas para combate a incêndios florestais.
Três aeronaves desempenham papel crucial nesse esforço, sendo duas do tipo ‘air tractor’, capazes de transportar até 3 mil litros de água para áreas de difícil acesso. Essas aeronaves estão atuando nas frentes do Paiaguás e do Rio Negro, onde mais de 85 mil hectares já foram consumidos pelas chamas.
A tenente-coronel Tatiane Inoue, chefe do Centro de Proteção Ambiental (CPA) e coordenadora da Operação Pantanal 2023, explica que na região do Rio Negro, devido às condições climáticas extremas, estão sendo empregadas técnicas diretas e indiretas de combate. Isso inclui a criação de aceiros, faixas de terra que impedem a propagação do fogo, e o uso da técnica “fogo-contra-fogo” para suprimir a vegetação, eliminando o combustível essencial para a continuidade dos incêndios florestais.
Com temperaturas elevadas e a ausência de previsão significativa de chuvas, as áreas do Pantanal enfrentam condições desafiadoras, com registros de 46°C e ventos superiores a 50 km/h, intensificando a propagação das chamas e tornando o controle e extinção um desafio constante para o Corpo de Bombeiros.
Ações
O incêndio na região do Parque Estadual do Pantanal do Rio Negro, teve início em uma fazenda vizinha na semana passada, e acabou migrando para fora da área de proteção atingindo às marques da BR-262.
Dentro do parque, o único que sofreu com incêndio florestal este ano, os focos estão controlados. “As ações preventivas, inclusive a queima controlada, realizadas antes do período típico de incêndios foram positivas. Agora estamos reforçando o trabalho dentro das unidades de conservação, com material de combate, aceiros. É um período de estiagem fora de época e com a onda de calor intensa”, explicou Leonardo Tostes Palma, gerente de Unidades de Conservação do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul).
O Imasul vai acionar a perícia para verificar o ponto de origem e as possíveis causas do incêndio que atingiu a área. “O fogo passou pelo parque e há pequenos focos de calor ativos. Temos pelo menos três aeronaves de combate a incêndios na região, e dois caminhões específicos para o transporte de água em terrenos de difícil acesso, na região do parque e estrada Parque Pantanal”, disse Palma.
Natalia Yahn, Comunicação Governo de MS
Fotos: CPA/CBMMS
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