A quinta avaliação climática dos Estados Unidos mostrou como as mudanças ambientais estão afetando a economia do país. O documento revelou um aumento dramático nos custos e mostrou que os grupos mais vulneráveis são os que mais sentem esse impacto.

O relatório, produzido a cada quatro anos, incluiu pela primeira vez um recorte focado nas desigualdades sociais. Confira a avaliação em inglês aqui.

Mudanças climáticas: quanto custa aos Estados Unidos?

Grupos vulneráreis

Os grupos mais marginalizados socialmente são os que mais sentem os impactos das mudanças climáticas. A avaliação informa que as alterações agravaram 18 grandes desastres pesqueiros no Alasca. Isso afetou especialmente a vida de povos indígenas costeiros, pescadores e comunidades rurais.

Negócios geridos por mulheres, pessoas não brancas — negros, latinos, asiáticos e indígenas, por exemplo, — e veteranos de gerra têm menos chance de reabrirem após desastres ambientais do que empresas no geral, de acordo com o relatório.

É preciso agir mais rápido

Os riscos ambientais aumentam conforme os EUA, o maior produtor global de petróleo e gás, e outros países continuam usando combustíveis fósseis. Desde a Revolução Industrial, o globo aqueceu mais de 1ºC. Se continuar nesse ritmo e aumentar 2ºC, o impacto econômico será mais que dobrado, diz o relatório.

O documento destaca ainda que os EUA não estão agindo rápido o suficiente. A parte da poluição do país, que está provocando aquecimento global, diminuiu apenas 1% ao ano desde 2005, mas deveria ser mais de 6% ao ano para atender às metas do acordo climático de Paris.