O aplicativo Todas por Uma, a Federação Paulista de Futebol e os times semifinalistas do Paulistão Feminino se uniram em prol de uma causa maior: combater a violência contra a mulher. A associação esportiva e os clubes se juntaram ao app que ajuda mulheres a registrarem ocorrências e procurar ajuda, em busca de ampliar o conhecimento sobre o problema.

O Todas por Uma foi criado em 2020, em momento que a pandemia aumentou a insegurança de algumas mulheres: em casa juntos de seus parceiros, muitas não conseguiam denunciar agressões ou outros tipos de violência.

Os números mostraram a urgência. Só em 2022, uma mulher foi morta a cada seis horas no Brasil, segundo dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública. No ano completo, foram 1.437 vítimas de feminicídio. A tecnologia, no entanto, surgiu como meio para combater isso.

Todas por Uma e violência contra mulher

O Todas por Uma foi criado pelo estudante Mateus de Lima Diniz, à época com 21 anos, como TCC do curso técnico de Desenvolvimento de Sistemas. Diniz já havia sofrido com a violência contra a mulher de forma indireta: sua mãe era constantemente agredida pelo pai, até que, após anos, conseguiu romper esse ciclo.

Assim, ele decidiu criar o app, que se tornou alternativa segura para mulheres se protegerem e buscarem ajuda de forma silenciosa, camuflando o pedido de socorro.

A solução fez sucesso e, só no primeiro ano, já contava com mais de quatro mil usuárias, de acordo com o próprio criador, em entrevista à Band. Em 2023, além da parceria com a Federação Paulista, o Todas por Uma se expandiu e está presente nos cinco continentes, em algumas cidades de países, como Estados Unidos, Canadá, Londres, Portugal, Japão, Nova Zelândia, Colômbia, Grécia, África e Chile.

Como funciona