Dando continuidade à “turnê mensal” de novembro pelos planetas do Sistema Solar, a Lua visita Saturno na manhã de segunda-feira (20), em um fenômeno conhecido como conjunção astronômica. 

De acordo com o site In-The-Sky.org, isso acontece às 11h06 (todos os horários mencionados têm como referência o fuso de Brasília). Nesse momento, a Lua vai passar a pouco mais de 2º ao sul do planeta.

Ainda segundo a plataforma, a conjunção em si não poderá ser observada, já que a dupla estará abaixo da linha do horizonte quando estiver compartilhando a mesma ascensão reta (coordenada astronômica equivalente à longitude terrestre).

Configuração do céu no momento da conjunção entre a Lua e Saturno nesta quarta-feira (30). Crédito: SolarSystemScope

Do ponto de vista de um observador baseado em São Paulo, o par se tornará visível às 11h54, quase uma hora depois, até 00h45.

De qualquer forma, ao longo de todo o dia, no entanto, o gigante dos anéis já vai estar bem próximo do nosso satélite natural no céu. Tomando por base um observador em São Paulo, o par estará  visível das 13h40 às 2h31.

A Lua estará em magnitude de -12, e a de Saturno será de 0.6, ambos na constelação de Aquário. Quanto mais brilhante um corpo parece, menor é o valor de sua magnitude (relação inversa). O Sol, por exemplo, que é o objeto mais brilhante do céu, tem magnitude aparente de -27.

O par não estará próximo o bastante para caber dentro do campo de visão de um telescópio, sendo visível a olho nu ou com um par de binóculos.

O último planeta a fazer conjunção com a Lua em novembro será Júpiter, no sábado (25). Essa série de conjunções ocorre porque a Lua orbita a Terra aproximadamente no mesmo plano em que os planetas orbitam o Sol, chamado plano da eclíptica.

Anéis de Saturno vão “sumir” em 2025? 

Com mais de 140 luas, Saturno é um dos planetas mais “famosos” e cientificamente interessantes do Sistema Solar. Muito disso se deve à sua característica mais marcante: um fascinante sistema de anéis. 

Acontece que, em pouco menos de dois anos, essa peculiaridade que torna o gigante gasoso tão incrível vai desaparecer – pelo menos, das nossas vistas.
Este desaparecimento cósmico ocorrerá como resultado de uma ilusão de ótica, quando a Terra estiver posicionada no ponto exato onde as bordas mais finais dos anéis estiverem voltadas para cá. Saiba mais aqui.