‌O dia 17 de novembro é conhecido no meio astronômico por marcar o pico de atividade da chuva de meteoros Leônidas. A Leônidas é, sem dúvida uma das mais relevantes chuvas anuais de meteoros, lembrada não por sua constância, mas por um episódio ocorrido 190 anos atrás, uma verdadeira “tempestade de meteoros”, que causou surpresa, euforia, pânico, desespero, fundou uma igreja e marcou o início da ciência que estuda estes astros fugazes.

Normalmente a Leônidas não gera mais do que 15 meteoros por hora. Mas, em 1833, ela apresentou um surto espetacular. Eram centenas, milhares de estrelas cadentes riscando o céu a todo instante, algumas formando bolas de fogo que iluminavam a noite. Estima-se que mais de 100 mil meteoros foram vistos a cada hora na madrugada de 13 de novembro daquele ano. Era a maior tempestade de meteoros que se tem notícia.

A Leônidas ocorre todos os anos, no mês de novembro, quando a Terra atravessa a trilha de detritos deixada pelo Cometa Temple-Tuttle. Ao entrar em contato com nossa atmosfera, essas partículas geram meteoros que parecem irradiar da Constelação do Leão, e por isso esta chuva recebe o nome de Leônidas. Surtos como o observado em 1833 ocorrem quando nosso planeta atravessa uma região mais densa da trilha de detritos, geralmente deixada em uma passagem mais recente do cometa.

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