A recém-criada Coordenadoria de Políticas para Povos Indígenas (CPPI) pertence à Secretaria de Justiça e Cidadania do Estado de São Paulo e tem como liderança o Cacique Cristiano AWA Kiririndju de Lima Silva, nomeado pelo chefe da Pasta, Fábio Prieto, em setembro deste ano. A CPPI surgiu com o objetivo de articular pautas dos povos indígenas do Estado com maior facilidade e poder de tomada de decisão. “Eu e o governador Tarcísio conhecemos bem os problemas que os povos indígenas enfrentam. Trabalho com eles há mais de trinta anos, tanto em São Paulo quanto no Mato Grosso do Sul. É uma avaliação nossa de que a coordenadoria é uma forma de poder real das comunidades e também uma reivindicação com todo suporte para criar as políticas necessárias”, disse Prieto em entrevista ao site da Jovem Pan.
Entre os projetos que estão sendo criados dentro da CCPI está o maior complexo de educação indígena de São Paulo. A contratação da empresa que executará as obras será realizada em dezembro deste ano e a previsão é para que a construção inicie em janeiro de 2024, afirmou o Cacique à reportagem. Para ele, o complexo, cuja inauguração está prevista para 2025, “será um dos maiores ganhos para os povos indígenas do Estado”. A obra deve atender cerca de 450 funcionários da comunidade de Jaguará. A escolha do Cacique Cristiano para ficar à frente da CPPI já era esperada, tendo em vista que o líder presidia o Conselho Estadual dos Povos Indígenas (Cepisp) desde o ano passado, para o qual foi escolhido por cinco etnias espalhadas em 37 territórios no Estado de São Paulo, além das que vivem em território urbano. O conselho é um dos órgãos de representação da sociedade civil que pertence à Secretaria da Justiça e Cidadania. Em seu currículo também consta a formação em pedagogia pela Universidade de São Paulo (USP) e seu trabalho como coordenador pedagógico da Secretaria de Estado da Educação. Cristiano afirma que coordenação dessa nova frente representa “autonomia de Estado para questões indígenas, com a possibilidade de maior articulação dentro de outras secretarias e avanço de políticas públicas para os povos da floresta”.
Fonte: Jovem Pan News
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