O cenário de ameaças virtuais está em constante evolução, e um novo relatório da Onfido, empresa de verificação de identidade com sede em Londres, revelou um aumento de 31 vezes nas tentativas de fraude deepfake ao longo do ano, cerca de 3.000%.
A empresa aponta para a crescente disponibilidade de ferramentas online acessíveis e inteligência artificial generativa como os principais impulsionadores desse aumento.
O que você precisa saber
O relatório destaca que, apesar da simplicidade de algumas falsificações, apenas uma delas é necessária para obter sucesso. As deepfakes têm como alvo sistemas de verificação facial, visando a realização de transações fraudulentas ou o acesso a informações comerciais confidenciais.
Maior porcentagem de ataques
O estudo revela que deepfakes fáceis ou menos sofisticados são responsáveis por 80,3% de todos os ataques em 2023, um aumento de 7,4% em relação ao ano anterior.
A facilidade de execução e os custos acessíveis ou mesmo gratuitos do software simples permitem que uma série de falsificações seja usada simultaneamente em vários ataques.
Biometria como barreira
Apesar do aumento nas tentativas de fraude, a Onfido afirma que a verificação biométrica continua sendo uma barreira eficaz. O relatório destaca que a biometria recebeu três vezes menos tentativas fraudulentas do que documentos convencionais. Contudo, os criminosos estão explorando estratégias criativas para contornar essas defesas.
Os fraudadores são pioneiros, sempre buscando oportunidades e evoluindo continuamente suas táticas.
Vincent Guillevic, chefe do laboratório de fraude da Onfido
O relatório alerta que os fraudadores atualmente exploram métodos simples, como enviar um vídeo exibido em uma tela, responsável por mais de 80% dos ataques. Diante disso, a Onfido recomenda a adoção de tecnologias de verificação biométrica de “vivacidade”, capazes de verificar a presença do usuário no momento da autenticação.
Futuro das deepfakes
Guillevic prevê desenvolvimentos futuros que tornarão as falsificações indistinguíveis ao olho humano, mencionando avanços em deepfakes e computação quântica.
Além disso, destaca a necessidade de soluções mais automatizadas por parte das empresas, ressaltando o papel crucial de sinais de fraude não visuais, bem como a inteligência de dispositivos, geolocalização e padrões de fraude repetidos.
“Sem dúvida, os fraudadores desenvolverão contra-ataques. Ambos os lados terão que atualizar suas armas no campo de batalha IA versus IA”, pontuou.
Fonte: Olhar Digital
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