Depois de dois lançamentos explosivos seguidos – um em abril e outro no último sábado (18) – o megafoguete Starship, da SpaceX, pode voltar a decolar antes do Natal. Pelo menos, foi o que disse Elon Musk, fundador e CEO da empresa, no X (antigo Twitter).
Segundo o empresário, o veículo “deve estar pronto para voar em três a quatro semanas”.
No entanto, não há garantia de que o foguete será liberado para uma nova decolagem tão cedo, já que a SpaceX ainda precisa obter uma licença de lançamento da Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA), que está supervisionando uma investigação sobre o incidente.
O que aconteceu no último lançamento do Starship
Durante o chamado segundo voo de teste integrado, que decolou da Starbase, base de lançamento da SpaceX no sul do Texas, o objetivo era enviar o estágio superior do foguete a uma volta quase completa em torno da Terra, terminando com um pouso irrecuperável no Oceano Pacífico, perto do Havaí, 90 minutos depois.
Mas a operação terminou cerca de oito minutos após a decolagem, com uma “rápida desmontagem não programada” da espaçonave. O enorme primeiro estágio Super Heavy, que deveria voltar à Terra para um mergulho no Golfo do México cerca de sete minutos após a decolagem, explodiu após se separar do estágio superior.
Ainda assim, o Starship conseguiu alguns marcos importantes no voo número dois, e o principal deles foi a separação de estágio bem-sucedida, o que não ocorreu no primeiro voo de teste do veículo em.
Além disso, os 33 motores Raptor do propulsor Super Heavy, desta vez, queimaram pela duração adequada, diferentemente do teste anterior.
Outro ponto positivo é que a plataforma de lançamento na Starbase parece ter saído ilesa no sábado, enquanto, em abril, ela sofreu avarias graves, com uma cratera sendo aberta diretamente abaixo da torre e os tanques de água próximos ficando bastante amassados.
É bom lembrar que, logo após o voo de 20 de abril, Musk disse que a SpaceX estaria pronta para lançar a Starship novamente em apenas seis a oito semanas. Só que acabou demorando muito mais do que isso para o veículo sair do chão: quase sete meses.
A FAA concedeu uma licença de lançamento somente no dia 15 de novembro, depois de concluir uma investigação sobre a explosão e conduzir uma revisão de segurança, bem como uma avaliação ambiental.
Resta aguardar e torcer para que, desta vez, a liberação não demore tanto tempo quanto levou da última.
Fonte: Olhar Digital
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