Em setembro, equipes do Centro Nacional de Estudos Espaciais da França (CNES) e do Arianegroup, sob a liderança da Agência Espacial Europeia (ESA), realizaram uma sequência completa de lançamento (sem decolagem) do foguete Ariane 6 no espaçoporto europeu de Kourou, na Guiana Francesa.
Aquele foi um passo fundamental na campanha de testes preparatórios para a estreia do veículo, principal projeto da ESA para o transporte de cargas superpesadas, em desenvolvimento desde 2014 para substituir o renomado Ariane 5, que voou pela última vez em julho. O voo inaugural do Ariane 6, segundo a agência, será em 2024.
Na ocasião, foram cumpridas todas as etapas de lançamento até a contagem regressiva final, incluindo a remoção do pórtico móvel e o abastecimento dos tanques dos estágios superior e central do lançador com hidrogênio líquido e oxigênio líquido. O teste terminou após 30 horas, com a ignição e a partida do motor Vulcain 2.1 do estágio central, seguido por quatro segundos de disparo.
Agora, o próximo passo é completar um teste de fogo estático, no qual esse motor será acionado e funcionará por cerca de oito minutos.
Como assistir ao ensaio de fogo estático do foguete Ariane 6
O procedimento acontece nesta quinta-feira (23), com transmissão ao vivo pela ESA Web TV e pelo canal oficial da agência no YouTube. A cobertura começa às 17h10 (pelo horário de Brasília – o mesmo de Kourou), 20 minutos antes da ignição do motor.
Assim como no ensaio anterior, desta vez, o Ariane 6 permanecerá firme na plataforma de lançamento, sem decolar. Durante a operação, o motor Vulcain 2.1 queimará quase 150 toneladas de propelente fornecido pelos tanques de oxigênio líquido e hidrogênio líquido do estágio central do foguete superresfriados a temperaturas abaixo de -250°C.
Segundo a ESA, o motor Vulcain 2.1 é uma evolução do Vulcain 2, que fez do Ariane 5 o sistema de lançamento mais bem-sucedido de todos os tempos na Europa. A atualização tem um design simplificado e mais barato e apresenta nova tecnologia no bocal do motor, enquanto o sistema de ignição foi movido do motor para a plataforma de lançamento para fazer com que o estágio central tenha um desempenho melhor e custe menos.
Fonte: Olhar Digital
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