A pesquisa Vigitel Brasil 2023 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) aponta que o diabetes atinge 10,2% da população do país. O resultado representa um aumento em relação a 2021, quando 9,1% dos brasileiros sofriam com a doença.
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Incidência no Brasil
O levantamento ainda revela que o diagnóstico é mais frequente entre as mulheres, afetando 11,1% delas, contra 9,1% dos homens.
Mais da metade das famílias brasileiras têm mulheres como a principal provedora financeira. Cada vez mais, as mulheres não têm tempo para ter uma dieta adequada, comem qualquer coisa, não têm tempo para fazer uma atividade física, o que faz com que o diabetes acometa cada vez mais este público.
Daniel Kendler, presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes Regional do Rio de Janeiro (SBD-RJ)
O especialista lembra que a menopausa, com a redução de produção do hormônio estrogênio, pode representar uma chance aumentada de desenvolvimento da doença nas mulheres.
A pesquisa Vigitel Brasil 2023 identificou ainda que o diagnóstico de diabetes na população adulta residente nas capitais brasileiras aumenta, conforme o avanço da idade dos entrevistados, e com o nível de escolaridade. Entre quem tem mais de 65 anos, 30,3% têm diabetes. Já quando considerados os anos de estudo, aqueles com a menor escolaridade (entre 0 a 8 anos), apresentam o maior percentual de diabetes (19,4%).
O Brasil é o quinto país em incidência de diabetes no mundo, com 16,8 milhões de doentes adultos (20 a 79 anos), ficando atrás apenas da China, Índia, Estados Unidos e Paquistão. Por aqui, cerca de 90% dos diabéticos brasileiros são do tipo 2, quando o corpo desenvolve resistência aos efeitos da insulina e pode ter causas hereditárias ou ligadas a hábitos de vida.
A Sociedade Brasileira de Diabetes estima que mais de 46% da população não sabe que têm a doença. As informações são da Agência Brasil.
Importância do diagnóstico precoce
Diabetes
O diabetes é uma doença crônica caracterizada pela produção ineficiente ou resistência à ação da insulina, o hormônio produzido pelo pâncreas, que controla a quantidade de glicose no sangue para fornecer energia ao corpo humano. A síndrome metabólica pode ter diferentes origens.
O diabetes de tipo 1 ocorre pela destruição autoimune das células do pâncreas produtoras de insulina, de forma permanente. O diagnóstico acontece, em geral, na infância ou adolescência e não está ligado a fatores hereditários.
No do tipo 2, a alta concentração de açúcar no sangue é explicada pela resistência do corpo humano aos efeitos da insulina ou pelo estilo de vida, com sedentarismo, obesidade e outros fatores. A ocorrência deste tipo de diabetes pode ser influenciada pela hereditariedade.
Há também o diabetes gestacional, com a ocorrência exclusiva durante a gestação e que é justificada pelo aumento da resistência à insulina causada pelos hormônios gestacionais. Para rastreio e diagnóstico correto, o Ministério da Saúde recomenda que as gestantes devem ser testadas entre a 24ª e a 28ª semana de gravidez.
O cuidado com o diabetes requer o controle estrito dos níveis de glicose pela alimentação saudável, medicação, quando prescrita ou pelo uso da insulina produzida em laboratório. O controle inadequado da glicemia pode resultar em várias complicações, que podem piorar gradualmente a qualidade de vida.
Fonte: Olhar Digital
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