A demissão de Sam Altman da OpenAI abalou o mundo da tecnologia. O executivo, que agora integra a equipe de inteligência artificial da Microsoft, foi um dos nomes ativos no debate da regulação da IA e também no seu avanço. O impacto dessa dança das cadeiras envolvendo o “pai do ChatGPT” cruzou o oceano e chegou à União Europeia.

Isso porque a Comissão Europeia, o Parlamento Europeu e o Conselho da UE têm discutido leis para regular a tecnologia na região e a recente demissão mostrou que acordos voluntários nesse setor não bastam.

Regulação da IA na Europa

OpenAI
(Imagem: Rokas Tenys/Shutterstock)

Autorregulação da IA

Na segunda-feira (20), a França, Alemanha e Itália chegaram a um acordo para regulamentar a IA no território, apoiando a “autorregulação obrigatória através de códigos de conduta”. O Olhar Digital reportou o caso aqui.

É aí que os parlamentares divergem. Na mesma linha que Benifei, a ministra holandesa da Digitalização, Alexandra van Huffelen, disse que os desdobramentos do caso de Altman ressaltam a necessidade por regras mais rígidas nesse setor, com transparência.

Gary Marcus, especialista de IA da Universidade de Nova York, escreveu no X/Twitter que não é possível confiar nas empresas para essa regulação, já que a própria governança interna de cada uma já é conflituosa.

Sam Altman
(Imagem: jamesonwu1972/Shutterstock)

Caso Sam Altman vs. OpenAI

No último dia 17, Sam Altman foi demitido do cargo de CEO da OpenAI, empresa desenvolvedora do ChatGPT. A companhia alegou que ele não era consistentemente sincero nas suas comunicações, prejudicando a sua capacidade de exercer as suas responsabilidades”.

No lugar, a empresa anunciou Mira Murati como CEO interina. Na segunda-feira (20), pouco mais de dois dias depois do ocorrido, foi anunciado que Altman se juntaria à equipe de IA da Microsoft, uma das investidoras da desenvolvedora, e que Murati foi substituída por Emmett Shear, ex-CEO da Twitch.

As razões pela demissão do executivo não são claras e funcionários da OpenAI chegaram a ameaçar uma demissão coletiva para se juntar a Altman e à Microsoft caso o conselho não renunciasse.