Há uma geração de San Marino que já entrou para a história… E sem precisar ganhar um jogo para isso. Lanterna do ranking Fifa, a seleção da micronação europeia conseguiu um feito inédito contra a Finlândia: marcou gol em três jogos seguidos.
O início da verve goleadora da “pior seleção do mundo” foi destaque no último mês, na nossa coluna Loucuras da Bola. Na época, o assunto era o 29º gol da história de San Marino, em uma derrota apertada por 2 a 1 para a Dinamarca. O tom jocoso da abordagem pode ter minimizado o desafio que é, para um país de 33 mil habitantes, ameaçar um empate com uma seleção tradicional como a dinamarquesa, que pode recrutar talentos em uma base cerca de 200 vezes maior.
Ninguém, no entanto, estava à espera do que estava por vir em novembro. Contra o Cazaquistão, a seleção são-marinense voltou a marcar (chegou a ficar dois anos sem o fazer antes de anotar contra a Dinamarca), em derrota por 3 a 1. Nesta segunda-feira foi a vez da Islândia vencer apertado, por 2 a 1.
Filippo Berardi, autor deste último gol, se tornou uma lenda no país. Com dois gols, assumiu a vice-artilharia histórica de San Marino, atrás apenas de Andy Selva, o maior ídolo local.
Pode parecer insignificante, mas marcar em três jogos seguidos é um feito inédito para a frágil seleção, habituada a ter atleta amadores, em uma luta desigual contra equipes muito mais tradicionais da Europa. O máximo que San Marino havia conseguido tinha sido marcar duas vezes seguidas, em 2005.
Marcar gols é algo tão raro para os são-marinenses que os três gols (únicos da equipe nestas eliminatórias por sinal) foram também um recorde no torneio que vale vaga para a Euro, em nove participações. Se considerarmos eliminatórias para a Copa do Mundo, San Marino chegou a marcar três vezes na campanha para 2002, embora em duas delas tenha perdido por goleada para a Bélgica (4 a 1 na ida e 10 a 1 na volta). O outro gol garantiu um para lá de raro empate, em 1 a 1, com a Letônia.
Os gols não impediram, desta vez, a seleção de San Marino de figurar entre as cinco que não pontuaram nestas eliminatórias para a Eurocopa. Mas sem motivos para lamentações. Afinal, nunca na história do país marcaram tantos gols.
Fonte: Ogol
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