Sexta-feira, Novembro 22, 2024
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Primeiro grupo de 13 reféns libertados pelo Hamas chega em Israel

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O grupo islâmico soltou 13 dos 240 sequestrados que mantinha em Gaza desde o início da guerra em outubro. Em troca, Israel libertará 150 presos palestinos, além de permitir a entrada de ajuda humanitária.

Um acordo de trégua entre Israel e o Hamas, mediado pelo Egito, Catar e Estados Unidos, começou a ser cumprido nesta sexta-feira (24), às 7h (2h em Brasília). O primeiro passo foi a libertação de 13 reféns israelenses que estavam em poder do grupo islâmico em Gaza. Eles foram recebidos pelo Exército de Israel e encaminhados para hospitais, onde passarão por exames médicos e poderão se comunicar com suas famílias. Muitos deles não sabem o que aconteceu nos últimos 49 dias de conflito, que deixou mais de 3 mil mortos.

O acordo prevê a libertação de 50 reféns israelenses em troca de 150 presos palestinos, que serão soltos por Israel em etapas. Nesta sexta, 39 palestinos (33 mulheres e 15 adolescentes) foram transferidos das prisões de Dambon e Megiddo para a prisão de Ofer, de onde serão libertados assim que a Cruz Vermelha confirmar a entrega dos reféns pelo Hamas. Entre os palestinos, há 49 membros do Hamas, mas nenhum deles tem crimes de sangue na sua ficha.

Além da troca de prisioneiros, o acordo estabelece um cessar-fogo de quatro dias, que poderá ser prorrogado por mais seis se o Hamas entregar mais reféns. Durante esse período, Israel permitirá a entrada de ajuda humanitária em Gaza, que está sob bloqueio desde o início da guerra, em 7 de outubro. O conflito começou após Israel vetar o Marco Temporal das Terras Palestinas, que reconhecia os direitos históricos dos palestinos sobre seus territórios.

O Hamas ainda libertou 12 tailandeses que estavam em Gaza, mas essa negociação foi paralela e não tem relação com o acordo de trégua. O grupo islâmico ainda mantém 227 reféns israelenses, enquanto Israel tem cerca de 1.800 presos palestinos. A expectativa é que o acordo possa abrir caminho para uma solução pacífica e duradoura para o conflito.

“Há uma monitoração meticulosa e contínua por parte de todos os mediadores dos lados palestino e israelense para que esta trégua seja bem sucedida”, declarou a fonte da segurança egípcia, que pediu anonimato, acrescentando que “também há esforços durante esta trégua para discutir sua renovação entre as duas partes para que todos retornem à mesa de negociações” para uma paz rigorosa. A fonte observou ainda que ambas as partes, referindo-se ao Hamas e a Israel, prometeram que “não haveria violação da trégua e que esta continuaria a ser cumprida e sob os termos acordados”, e frisou que “não há condições que não foram anunciadas na trégua”. O Catar, principal canal de comunicação com o Hamas desde que abrigou seu escritório político em Doha, monitora o atraso temporário a partir de uma sala de operações aberta na capital. Em um vídeo, o líder do Hamas, Ismail Haniyeh, diz que o grupo está comprometido em cumprir os termos da trégua.

“O Hamas prosseguirá os seus esforços para travar o ataque israelita a Gaza, completar a troca de prisioneiros, acabar com o bloqueio israelita à Faixa de Gaza e “atacar” a mesquita de Al-Aqsa, além de permitir que o povo palestiniano perceba todo o seu legítimo direito nacional a um Estado independente com Jerusalém como capital, à autodeterminação e ao regresso dos refugiados palestinianos”, disse Haniyeh A trégua entre Israel e o Hamas entrou em vigor às 7h (hora local, 2h de Brasília), depois de mais de um mês e meio de guerra, no âmbito de um acordo que prevê a liberação de 50 reféns em troca da entrega de 150 prisioneiros palestinos. A guerra no Oriente Médio já deixou 1.200 pessoas mortas em território israelense durante um ataque do Hamas, que também sequestrou 240 pessoas, e 14.500 pessoas mortas na faixa de Gaza, entre elas mais de 5.500 crianças.  O acordo entre Israel e Hamas confirmou que o acordo contempla a entrada diária de 200 caminhões com ajuda humanitária, alimentos e medicamentos para distribuir por toda a Faixa de Gaza, incluindo o norte, bem como a distribuição diária de quatro caminhões com combustível, vital para o fornecimento de eletricidade ao enclave.

Apesar da trégua, os israelenses alertam que esse cessar-fogo não significa o fim da guerra, e alertou os moradores de Gaza que não é para voltar para o norte do enclave palestino. “O movimento de residentes do sul da Faixa de Gaza para o norte não será permitido de forma alguma”, disse o porta-voz em árabe do Exército israelense, Avichay Adraee. Em uma mensagem dirigida expressamente aos habitantes da devastada Gaza, o porta-voz militar advertiu: “A guerra ainda não acabou. O cessar-fogo para fins humanitários é temporário. O norte de Gaza é uma zona de guerra perigosa e é proibido circular por ela”. Da mesma forma, recomendou que os habitantes de Gaza, “por segurança”, permaneçam no sul e reiterou que “só é possível deslocar-se do norte da Faixa para o sul através da autoestrada Salah al Din”, que se tornou a única via aberta por Israel para permitir que os palestinos fugissem da zona mais perigosa do enclave. Ontem à noite, o ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, declarou mais uma vez que, uma vez terminada a “breve” trégua em Gaza, os combates dentro do enclave serão retomados “com intensidade” durante pelo menos mais dois meses.

*Com informações das agências internacionais 

Fonte: Jovem Pan News

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