Parceria entre Agepen, Rotary Clube, Prefeitura e Polícia Civil beneficia pessoas carentes que precisam de equipamento de locomoção
O Estabelecimento Penal Masculino de Ivinhema, em Mato Grosso do Sul, está realizando um projeto social que transforma bicicletas apreendidas pela Justiça em cadeiras de rodas. O trabalho é feito por presos que aprendem uma nova profissão e reduzem suas penas. As cadeiras de rodas são doadas para pessoas que não têm condições de comprar o equipamento.
O projeto se chama “Liberdade sobre Rodas” e é fruto de uma parceria entre o Governo do Estado, por meio da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), e o Rotary Clube, com apoio da Prefeitura de Ivinhema e da Polícia Civil.
Neste mês, as primeiras 15 cadeiras de rodas produzidas foram entregues ao Rotary da cidade, que ficou responsável pela distribuição gratuita, de acordo com a demanda. A intenção é atender pessoas com deficiência que necessitam do benefício, melhorando sua qualidade de vida.
Para solicitar a doação ou o empréstimo de uma cadeira de rodas, basta preencher uma requisição no Rotary de Ivinhema, informa o conselheiro na instituição, José Roberto Ronchesel.
Para a fabricação das cadeiras, a unidade prisional de Ivinhema recebeu a doação de 1,2 mil bicicletas, que vieram dos pátios de delegacias da Polícia Civil em Três Lagoas e Angélica. As partes não aproveitadas na produção são vendidas para gerar recursos para a manutenção do projeto. O Rotary também forneceu equipamentos, rodinhas e assentos para os presos usarem na confecção.
Atualmente, dois presos participam da produção e, por isso, têm direito à remição de pena: a cada três dias trabalhados, um dia a menos na prisão. Além disso, eles adquirem uma nova habilidade, que pode ajudá-los na reinserção no mercado de trabalho.
O diretor do estabelecimento penal de Ivinhema, Rodrigo de Carvalho Bortoleto, destaca que o projeto tem o objetivo de contribuir com a sociedade e com a ressocialização dos custodiados.
A produção de cadeiras de rodas com mão de obra prisional é uma das várias ações sociais desenvolvidas no sistema penitenciário de Mato Grosso do Sul que atendem diretamente à população carente e instituições de assistência em diversas partes do estado, envolvendo também doação de pães, hortaliças, produção de lençóis e epis a hospitais, confecção de absorventes, reformas de escolas, entre outros.
Comunicação Agepen
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