Sexta-feira, Novembro 22, 2024
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CIJ Proíbe a Venezuela de Anexar Essequibo

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A Corte Internacional de Justiça decide que a Venezuela não pode anexar a região rica em petróleo de Essequibo, administrada pela Guiana.

A Corte Internacional de Justiça (CIJ), o principal órgão da Organização das Nações Unidas (ONU), decidiu que a Venezuela não pode anexar a região de Essequibo, rica em petróleo e recursos naturais, que é administrada pela Guiana. A CIJ pediu à Venezuela que evite qualquer ação que possa comprometer o status quo com a Guiana. “A Venezuela deve se abster de qualquer ação que modifique a situação atual no território em disputa”, afirmou a Corte.

A decisão ocorre dois dias antes do referendo não vinculante convocado por Caracas para discutir sobre a região. O referendo, marcado para 3 de dezembro, inclui perguntas que vão desde a rejeição ao laudo de 1899 que estabeleceu a fronteira do país com a Guiana até a criação de uma província venezuelana chamada “Guiana Essequiba”, concedendo nacionalidade venezuelana aos seus habitantes.

A Guiana considera esse referendo uma “ameaça” à sua própria existência e pediu à CIJ que ordenasse à Venezuela que parasse “urgentemente” a consulta e se abstivesse de qualquer ação destinada a assumir o controle do território. O presidente guianês, Irfaan Ali, destacou a ordem da CIJ de que a “Venezuela está proibida de anexar ou invadir o território guianês ou empreender qualquer outra ação, independentemente do resultado do referendo de 3 de dezembro”.

A reivindicação da Venezuela sobre Essequibo aumentou desde a descoberta de petróleo na região pela ExxonMobil em 2015. No mês passado, a Guiana anunciou outra importante descoberta que adiciona pelo menos 10 bilhões de barris às reservas do país, tornando-as maiores que as do Kuwait e dos Emirados Árabes Unidos.

As tensões entre a Venezuela e a Guiana geram temores regionais de uma escalada bélica. “Vemos com preocupação esse ambiente de tensão entre dois países vizinhos e amigos”, declarou Gisela Maria Figueiredo, secretária para América Latina e Caribe do Itamaraty. A diplomata ressaltou a importância de que “em um momento em que várias regiões do mundo têm conflitos militares, a América do Sul permaneça em um ambiente de paz e cooperação”.

*Com agências internacionais 

Fonte: Jovem Pan News

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