Ao menos quatro pessoas morreram e dezenas ficaram feridas neste domingo, 3, após a explosão de uma bomba, durante uma missa católica em uma universidade no sul das Filipinas – uma área com presença de grupos insurgentes, de acordo com a polícia. A explosão, reivindicada pelo Estado Islâmico (EI), ocorreu pela manhã, durante uma missa no ginásio da Universidade Estatal de Mindanao, em Marawi, a maior cidade muçulmana do país. O tenente-general da polícia, Emmanuel Peralta, relatou que quatro pessoas morreram e cerca de 50 ficaram feridas na explosão. Um balanço anterior indicava três mortos. O grupo jihadista EI indicou em um comunicado divulgado em seus canais de Telegram que “os soldados do califado detonaram um artefato explosivo em uma grande reunião de cristãos […] na cidade de Marawi”.
Responsáveis da Segurança haviam sugerido anteriormente que o ataque poderia ter sido uma retaliação a uma série de operações militares realizadas nos últimos dias contra grupos islamistas. O presidente Ferdinand Marcos condenou o ataque, atribuindo-o a “terroristas estrangeiros”. “Condeno veementemente os atos atrozes e sem sentido perpetrados por terroristas estrangeiros contra a Universidade Estatal de Mindanao”, afirmou Marcos. A universidade também condenou “o ato de violência”, suspendeu as aulas e reforçou a segurança no campus, indicou o comunicado da instituição. “Continuamos solidários a nossa comunidade cristã e a todos os afetados por esta tragédia”, acrescentou. Imagens publicadas no Facebook pelo governo provincial de Lanao do Sul mostraram o governador Mamintal Adiong visitando os feridos em um centro médico.
O incidente ocorreu após as Forças Armadas das Filipinas lançarem na sexta-feira um ataque aéreo que matou 11 combatentes islamistas da organização Dawlah Islamiyah-Philippines, em Mindanao. No sábado, a autoridade destacou que o grupo planejava realizar ataques na província de Maguindanao do Sul. Lanao do Sul e Maguindanao do Sul fazem parte da Região Autônoma de Bangsamoro, na ilha muçulmana de Mindanao. A região tem sido alvo de ataques a ônibus, templos católicos e mercados públicos ao longo de décadas. O governo filipino assinou em 2014 um acordo de paz com o maior grupo rebelde do país, o Frente Moro de Libertação Nacional, encerrando sua revolta armada. No entanto, grupos menores de combatentes muçulmanos contrários ao acordo de paz permanecem ativos, incluindo alguns leais ao grupo Estado Islâmico (EI). Também há rebeldes comunistas na região.
*Com informações da AFP
Fonte: Jovem Pan News
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