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Lula garante que Putin será convidado ao G20, mas enfatiza que russo terá que lidar com mandado de prisão

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O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, afirma que Putin terá que enfrentar as consequências do mandado de prisão internacional.

O Brasil assumiu a presidência do G20 neste mês de dezembro e liderará o grupo durante todo o ano de 2024, passando o cargo para a África do Sul no final do ano. Nesta segunda-feira, 4, o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, anunciou que o presidente russo, Vladimir Putin, será convidado para a cúpula do G20 do próximo ano. No entanto, ele ressaltou que se Putin decidir viajar ao Brasil, terá que lidar com as consequências do mandado de prisão emitido contra ele pelo Tribunal Penal Internacional (TPI).

“Se Putin vier ao Rio de Janeiro? Bem, ele será convidado. Ele terá que enfrentar as consequências do mandado de prisão internacional”, disse Lula em uma coletiva de imprensa ao lado do chanceler alemão, Olaf Scholz. “Se ele será preso se vier, ele pode ou não ser. Isso não cabe ao chefe de Estado decidir, mas ao Judiciário”, acrescentou.

Lula enfatizou que, embora a Rússia não tenha ratificado o Estatuto de Roma, que estabeleceu o TPI, o Brasil é um “membro fundador” do alto tribunal da ONU com sede em Haia e, portanto, tem responsabilidades. O TPI emitiu um mandado de prisão para o presidente russo, Vladimir Putin, como “supostamente responsável” pela deportação ilegal de crianças e sua transferência de áreas ocupadas na Ucrânia para a Rússia, o que equivale a um crime de guerra.

De acordo com as autoridades ucranianas, foram documentados cerca de 16 mil casos de crianças levadas para áreas sob controle russo ou para a própria Rússia, embora afirmem que o número pode ser muito maior. Em agosto, durante a cúpula dos Brics, na África do Sul, Putin se ausentou da reunião, porque ele fosse, o país seria obrigado a cumprir, se necessário, o mandato pelo fato de reconhecer o tribunal. O governo sul-africano sofreu fortes pressões internas e externas para não receber o presidente russo, que é procurado pelo TPI por suas acusações de deportar ilegalmente crianças ucranianas. Em um comunicado divulgado, Ramaphosa escreveu que prender Putin seria uma declaração de guerra.

Fonte: Jovem Pan News

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