Sexta-feira, Setembro 20, 2024
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Brasil luta contra o tempo para fechar acordo com União Europeia nesta quinta durante reunião do Mercosul

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A reunião dos líderes do Mercosul, marcada para a próxima quinta-feira no Rio de Janeiro, enfrenta obstáculos para selar o acordo comercial com a União Europeia.

Os líderes do Mercosul se preparam para se reunir no Rio de Janeiro na próxima quinta-feira, 7, em meio a uma forte resistência ao acordo comercial com a União Europeia. O Brasil, que atualmente preside o bloco sul-americano formado por Argentina, Paraguai e Uruguai, esperava finalizar este pacto na cúpula do Rio. O acordo, que vem sendo negociado há mais de duas décadas, criaria a maior zona de livre-comércio do planeta.

No entanto, o objetivo inicial, compartilhado por parte dos países da Comissão Europeia, parece distante. A França se opõe ao acordo, e a Argentina afirmou que “não há condições” para a conclusão do tratado em sua versão atual. O presidente Emmanuel Macron, da França, expressou seu desacordo com o texto do acordo durante a COP28 em Dubai, afirmando que ele não leva em conta a biodiversidade e o clima.

Apesar desses desafios, o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, garantiu que não desistirá de seus esforços para fechar o acordo no Rio. Durante um encontro em Berlim, na Alemanha, com o chanceler alemão, Olaf Scholz, Lula afirmou que não desistirá “enquanto não conversar com todos os presidentes e ouvir o ‘não’ de todos”.

A UE e o Mercosul estabeleceram as linhas gerais de um pacto de livre-comércio em 2019, após anos de negociações para alinhar interesses e convencer setores relutantes, como os agricultores franceses. No entanto, as divergências ressurgiram e os europeus acrescentaram uma seção de exigências ambientais ao bloco sul-americano, especialmente para o Brasil, que abriga a maior parte da Amazônia, fundamental para o combate à mudança climática.

O Mercosul, que em conjunto representa a quinta maior economia do mundo, rejeitou o “protecionismo verde” da Europa e respondeu com suas próprias exigências, como a criação de um fundo ambiental para apoiar os países em desenvolvimento. Se um acordo não for alcançado este ano, as comportas para sua conclusão poderão se fechar em janeiro, quando o Paraguai assumir o mandato do bloco sul-americano. Seu presidente, Santiago Peña, disse que após o prazo se concentrará em outras regiões. Durante a cúpula, precedida na quarta-feira por reuniões de ministros das Relações Exteriores e das Finanças, deve ser assinado um acordo comercial com Singapura, o primeiro do Mercosul em 12 anos, e o primeiro com um país asiático.

Fonte: Jovem Pan News

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