A Arábia Saudita expressa resistência a um possível acordo que incluiria a eliminação progressiva dos combustíveis fósseis.
Os líderes do Mercosul estão se preparando para uma reunião no Rio de Janeiro na próxima quinta-feira, 7, em meio a uma forte resistência ao acordo comercial com a União Europeia. O Brasil, que atualmente preside o bloco sul-americano formado por Argentina, Paraguai e Uruguai, esperava finalizar este pacto na cúpula do Rio. O acordo, que vem sendo negociado há mais de duas décadas, criaria a maior zona de livre-comércio do planeta.
No entanto, o objetivo inicial, compartilhado por parte dos países da Comissão Europeia, parece distante. A França se opõe ao acordo, e a Argentina afirmou que “não há condições” para a conclusão do tratado em sua versão atual. O presidente Emmanuel Macron, da França, expressou seu desacordo com o texto do acordo durante a COP28 em Dubai, afirmando que ele não leva em conta a biodiversidade e o clima.
Apesar desses desafios, o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, garantiu que não desistirá de seus esforços para fechar o acordo no Rio. Durante um encontro em Berlim, na Alemanha, com o chanceler alemão, Olaf Scholz, Lula afirmou que não desistirá “enquanto não conversar com todos os presidentes e ouvir o ‘não’ de todos”.
A UE e o Mercosul estabeleceram as linhas gerais de um pacto de livre-comércio em 2019, após anos de negociações para alinhar interesses e convencer setores relutantes, como os agricultores franceses. No entanto, as divergências ressurgiram e os europeus acrescentaram uma seção de exigências ambientais ao bloco sul-americano, especialmente para o Brasil, que abriga a maior parte da Amazônia, fundamental para o combate à mudança climática.
*Com informações do repórter Marcelo Favalli
Fonte: Jovem Pan News
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