Venezuela e Guiana têm vivido uma escalada da tensão na relação entre os dois países desde o último final de semana, quando os venezuelanos aprovaram por ampla maioria um referendo que propõe a anexação da região de Essequibo, que corresponde a quase 70% do território do país vizinho. O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, chegou a exibir um mapa do país com a incorporação de terras da Guiana. Diante disso, o presidente guianense, Irfaan Ali, anunciou que o país vai acionar o Conselho de Segurança da ONU. Ao chegar à cúpula de chefes de Estado do Mercosul nesta quarta-feira, 6, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, foi questionado sobre a possibilidade real de um conflito armado entre os dois países e afirmou que não considera esta hipótese. Durante a cúpula, Vieira destacou que a América do Sul é uma das zonas de paz mais extensas do mundo e que a manutenção dessa paz é imprescindível para o desenvolvimento econômico.
O chanceler brasileiro também lembrou que o Mercosul, ao longo de três décadas, consolidou-se como um elemento central de coesão e articulação da integração da América do Sul. A cúpula do Mercosul termina nesta quinta-feira, 7, com um encontro entre chefes de Estado. Na reunião, comandada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), deve ser aprovada a entrada da Bolívia no Mercosul e a efetivação do acordo comercial entre o bloco e Singapura.
*Com informações do repórter Rodrigo Viga
Fonte: Jovem Pan News
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