A Polícia Civil relata que a jovem de 16 anos foi morta por seu namorado, que agiu sozinho e confessou o crime.
Karina Ferreira Isnardi, uma adolescente de 16 anos, foi brutalmente assassinada na aldeia Jaguapiru. A Polícia Civil, em uma coletiva de imprensa na manhã de segunda-feira (11), destacou que o autor do crime, Cleiton Benites Gomes, de 19 anos, namorado da vítima, agiu sozinho. Ele confessou o crime e enfrentará acusações de estupro e feminicídio.
O delegado da Polícia Civil, Erasmo Cubas, informou que a jovem foi morta por asfixia e, de acordo com a perícia, suas vísceras foram expostas devido a facadas na região do ânus. “Ele acabou estrangulando-a e golpeando-a em áreas inescrupulosas, e as vísceras saíram da vítima da região do intestino, do local onde os golpes de faca atingiram”, disse ele, acrescentando que as informações periciais revelam a crueldade do autor.
Segundo o relato do autor à polícia, o gatilho para o ataque foi a afirmação da vítima de que preferia o irmão dele. “Em um determinado momento, não sabemos se ela estava sob pressão ou tentando sair dali, ela teria dito que preferia o irmão dele, e ele acabou ficando mais agressivo e violento, golpeando-a com uma faca e depois estrangulando-a”, disse ele.
Quando a discussão ocorreu, o casal saiu para comprar bebida. O autor detalhou à Polícia Civil que estava “se aproveitando”, pois Karina estava pagando pelas bebidas que os dois consumiam.
Cleiton afirmou que teve relação sexual com a vítima de forma consensual, mas, dadas as circunstâncias do caso, a Polícia Civil destacou que as evidências apontam o contrário, considerando as provas colhidas e o fato de que a menor estava embriagada, sem condições de “consentir ou não” o ato. Será analisado se o autor será acusado de estupro de vulnerável.
O corpo da menor foi encontrado na manhã de domingo (10) na Aldeia Jaguapiru, e o autor foi preso no mesmo dia. Testemunhas foram ouvidas para auxiliar no caso.
Lideranças indígenas e a Polícia Militar conseguiram localizar o autor ainda no domingo (10). Conforme detalhado nesta manhã pelo delegado Erasmo Cubas, após informações de que Cleiton estaria na casa de uma mulher, policiais foram até o local e encontraram um short sujo de sangue, mas o rapaz não estava lá. A moradora da casa disse que era tia do rapaz e que ele teria saído. Ele foi localizado na aldeia, porém, em uma residência distante do local do crime.
Levado para a delegacia e confrontado sobre o crime, o jovem confessou o ato e afirmou que estava embriagado e não se lembrava de detalhes.
O SIG (Setor de Investigações Gerais) liderou as investigações. Laudos periciais, necroscópicos e de sexologia mais detalhados são aguardados pela polícia.
Fonte: Dourados News
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