Vistorias em Celas Visam Identificar e Retirar Celulares para Combater o Crime Organizado
A Penitenciária Estadual de Dourados (PED) foi alvo da 2ª Fase da Operação Mute nesta quinta-feira (14). A operação, que envolveu vistorias em celas, teve como objetivo identificar e retirar celulares para combater a comunicação ilícita do crime organizado e reduzir os índices de violência em âmbito nacional.
A 2ª fase da Mute, que começou na última segunda-feira, está ocorrendo em unidades prisionais em todo o país. O Ministério da Justiça e Segurança Pública, por meio da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen) e dos governos locais, promove a operação.
Na PED, as vistorias começaram às 7h48 e contaram com a participação de cerca de 70 policiais penais de Mato Grosso do Sul. Isso inclui operacionais do Comando de Operações Penitenciárias (COPE), que atuam na retirada e contenção dos presos, e os servidores da penitenciária, que realizam as inspeções, além de integrantes da área de inteligência.
Os trabalhos são uma continuação da ação iniciada na segunda-feira no Estabelecimento Penal Jair Ferreira de Carvalho, na capital, que contou com a participação de 80 policiais penais.
“A Operação Mute visa erradicar a comunicação ilegal em presídios, reduzindo os riscos associados à atividade criminosa organizada dentro e fora das prisões. Ao combater a comunicação ilegal entre detentos e organizações criminosas, estamos fortalecendo a segurança nas ruas, protegendo comunidades e prevenindo crimes que afetam diretamente a população”, destaca Rodrigo Rossi Maiorchini, diretor-presidente da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen).
Segundo Maiorchini, a realização de inspeções rotineiras nos presídios e a adoção de medidas para dificultar o acesso dos detentos aos ilícitos já fazem parte do trabalho da Polícia Penal de Mato Grosso do Sul.
O resultado das inspeções será divulgado pela Senappen ao fim dos trabalhos dessa 2ª fase da operação, em todos os estados, inicialmente programado para o próximo dia 18.
No estado, os trabalhos são coordenados pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), por meio da Agepen e sua Gerencia de Inteligência do Sistema Penitenciário (Gisp). Durante as ações, o passo inicial é interromper a comunicação com uso de tecnologia que embaralha o sinal e, em seguida, ocorre a busca aos aparelhos com revistas em pavilhões e celas.
Em Mato Grosso do Sul, a primeira fase da Operação Mute ocorreu em outubro, resultando na apreensão de 187 celulares, com vistorias em sete presídios da capital e interior, com a participação de 161 policiais penais, sob coordenação da Gisp e Diretoria de Operações da Agepen. Durante a ação, foram transferidos 16 internos.
Conforme a Senappen, no país, foram apreendidos 1.166 aparelhos celulares, um revólver, armas brancas e substâncias análogas a entorpecentes. A revista geral ocorreu em 68 penitenciárias, de 26 estados. Dez estados demostraram possuir rotina de controle efetiva com revistas frequentes e tiveram registro de zero celulares no interior das unidades prisionais. Ao todo, foram movimentados 55.919 presos.
“Lembramos o grande potencial que cada celular apreendido significa no enfraquecimento das redes de atuação do crime organizado, uma vez que essa comunicação externa é vital à manutenção da cadeia de comando das facções. Então, quando nós apreendemos, num período curto, 1.166 celulares, isso significa que também é uma diretriz perene, permanente”, afirma o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, sobre a Operação Mute.
Fonte: Dourados News
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