Estabilidade talvez seja a palavra que mais define o trabalho de Pep Guardiola no Manchester City. Campeão em cinco das oito Premier Leagues que disputou, o técnico catalão vive raro momento de oscilação no comando dos Citizens.
Recortando apenas o Campeonato Inglês, Pep tem números de fazer inveja até em Arsène Wenger e Sir Alex Ferguson. Venceu 207 de seus 283 jogos na liga, ou seja, 73%, e perdeu apenas 38, 13%, com o mesmo número de igualdades.
Pep chegou a somar uma sequência de 30 jogos de invencibilidade, entre abril de 2017 e janeiro de 2018, e outra com 18 vitórias seguidas, entre agosto e dezembro de 2017.
É de se estranhar, portanto, que o City tenha conquistado apenas uma vitória nos últimos seis jogos. Por sinal, Pep nunca venceu apenas um de seis jogos no campeonato.
A sequência recente de quatro jogos sem vencer, contra Chelsea, Liverpol, Tottenham e Aston Villa, é a pior do técnico na Premier League. Até então, o período de maior instabilidade havia sido entre março e abril de 2017, justamente antes da maior sequência de vitórias e de invencibilidade do técnico em Manchester. Na época, foram duas vitórias em oito jogos, com cinco empates e uma derrota no período.
Fugindo um pouco da frieza dos números, podemos explicar esse período menos constante com a ausência dos principais craques do time: Erling Haaland e Kevin De Bruyne.
De Bruyne, que na temporada passada havia conseguido incríveis 26 assistências, o melhor número da carreira, atuou em apenas duas partidas na atual temporada. Por problemas físicos, também deve ficar de fora do Mundial, ou atuar com limitações. O meia viaja com a equipe. Mas a presença em campo é incerta.
Incerta, também, é a escalação de Haaland. O norueguês se lesionou pela primeira vez na temporada ainda em novembro, defendendo a seleção de seu país, em um problema no tornozelo. Mais recentemente, Haaland perdeu os últimos três jogos dos Citizens por uma lesão no pé.
Guardiola disse que vai analisar caso a caso dia após dia. Espera contar com todos na Arábia Saudita, mas não sabe quanto tempo. E espera, também, colocar fim ao momento de instabilidade.
“Seria melhor um vôo de seis ou sete horas com resultado, com certeza. Teremos só três dias para recuperar, três dias para uma eventual final. Mas é o que é. Agora estamos em baixa e vamos nos levantar o mais rápido possível para competir lá (na Arábia Saudita)”, disse o técnico após o duelo deste sábado com o Crystal Palace, empate em 2 a 2.
Fonte: Ogol
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