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Dos milhões à decepção: Alvo do Cruzeiro, Gabriel Veron não deixará saudades no Porto

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A expectativa por Gabriel Veron em Portugal foi tão grande quanto a decepção. O atacante brasileiro, ex-Palmeiras, chegou como pupilo de Abel Ferreira, numa transferência de 10,5 milhões de euros, mas nunca esteve perto de entregar o que dele era esperado, em meio a lesões e políticas internas de hierarquia no elenco. O provável reforço do Cruzeiro volta ao Brasil em busca de reafirmação, ou de reencontro com aquela joia que deixou o país ainda com 19 anos.

É quase impossível analisar o que Gabriel Veron fez no Porto. Contratado há um ano e meio, em julho de 2022, o atacante disputou apenas 26 jogos no time principal, o último deles em junho, ainda na temporada passada, e só foi titular quatro vezes em toda sua passagem. Veron nunca completou os 90 minutos em campo, marcou somente um gol e deu quatro assistências. Por que?

“Ele ainda é jovem e chegou para um Porto campeão e sabendo-se que necessitava de tempo para se adaptar ao clube e ao futebol português – até porque o treinador Sérgio Conceição é conhecido por não apostar nos reforços de imediato. Assim, esperava-se que, depois um início mais tímido e com menos utilização, que ganhasse cada vez mais influência na equipe. As lesões, obviamente, não ajudaram, porque nunca teve um sequência longa de jogos, logo a confiança e o ritmo nunca estiveram no estágio ideal”, explica Vasco Sousa, um dos responsáveis pelo Playmaker Portugal.

Apesar da conhecida lógica empregada por Conceição no Porto, com experiência de sete anos no cargo, não é como se houvesse alguma titularidade absoluta que impedisse a evolução de Veron no time. Segundo Sousa, o jogador mostrou características promissoras, como velocidade e técnica, porém de forma intermitente e sempre com a sensação que poderia entregar mais.

Na virada para a temporada em que chegou, o atacante via apenas dois nomes incontestáveis no ataque do Dragão: Pepê pela ponta direita e Taremi como centroavante. A ponta esquerda, onde Veron se fez conhecido no Palmeiras e nas seleções de base, era uma posição em aberto, com o meia Otávio por vezes improvisado, e o também brasileiro Wenderson Galeno ainda longe de convencer – hoje, tornou-se unanimidade após vencer a “concorrência”.

A concorrência de Veron com Galeno pela ponta esquerda foi pequena, por diferentes motivos. Após uma sequência inicial de 11 jogos, presente em todos os compromissos do Porto, apesar de uma baixa minutagem, sempre entrando no segundo tempo e muitas vezes nos 10 minutos finais, o atacante aos poucos deixou de ser opção. Ficou de fora de jogos da Liga dos Campeões e só ganhou sua primeira titularidade em um jogo de copa, contra um time de terceira divisão, e fez sua melhor participação: o único gol e mais uma assistência, numa goleada por 6 a 0 sobre o Anadia. Pouco depois, veio uma primeira lesão, mialgia por esforço, que o afastou dos gramados por um mês e meio.

“Considero que a etapa de Veron no Porto ainda não está terminada, até porque o jogador chegou a ser importante e aposta regular no final da última temporada, num sinal que o treinador acredita nele. Ainda assim, terá que melhorar a sua condição física, já que teve muitas lesões, dando muitas vezes a ideia que não é um profissional 100% dedicado – lesionou-se nas férias, a jogar com os amigos, por exemplo”, afirma Vasco Sousa.

A expectativa deste não ser o capítulo final de Veron no Porto, uma eventual recuperação do bom futebol do jogador no Cruzeiro pode significar o contrário. O negócio, conforme antecipado pelo Goal, é de um empréstimo sem custos para a Raposa. Outra informação é de que o negócio envolveria um passe fixado na casa dos 10 milhões de euros, com o objetivo do clube português recuperar o investimento feito, apesar da cláusula de rescisão estar seis vezes acima deste valor.

“A impressão que Veron deixa em Portugal não é positiva. Não se tem falado muito nele, mas deixa uma sensação de um jogador que não se entrega totalmente à profissão, que não cuida muito de si e que tem comportamentos extracampo que não o ajudam”, conclui o responsável pelo Playmaker.

Fonte: Ogol

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