Sexta-feira, Setembro 20, 2024
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Flu x City: Final do Mundial com choque de estilos e realidades

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Foram anos de comparações e embates virtuais na mente de muitos que acompanham o futebol brasileiro. Quis o destino colocar frente a frente Pep Guardiola e Fernando Diniz na final de um Mundial de Clubes. Um confronto entre estilos, e também entre realidades diferentes, com a opulência dos “petrodólares” do lado do Manchester City, contra um projeto muito mais modesto de recuperação financeira do Fluminense.

O embate entre Guardiola e Diniz é um dos mais aguardados dos últimos anos, mas está longe de ser um choque entre iguais. O vencedor sairá em campo, mas há um favoritismo claro do lado europeu, em um domínio que apenas se acentuou desde o início do século.

Quando Fernando Diniz começou a despontar como um dos mais inovadores técnicos do futebol brasileiro, o ponto mais destacado em seu estilo era a obsessão pela posse de bola, com um jogo construído com trocas de passes desde o campo de defesa. Não demorou para surgir a comparação com Pep Guardiola, um astro desde o início acachapante da carreira com o Barcelona.

De fato, o gosto pelo controle e pela posse de bola aproximam os dois técnicos, que são praticamente da mesma geração: Guardiola é apenas três anos mais velho. Mas as semelhanças paravam por ai. Alguns anos mais tarde, Diniz se afastaria abertamente do estilo vitorioso do espanhol ao dizer que sua forma de reter a bola era, na verdade, praticamente o oposto da de Pep: um jogo “aposicional”.

Nesta semana, em nossa coluna Resenha Tática, apresentamos com maior profundidade as diferenças. Mesmo antes do sucesso recente de Diniz – antes criticado pela falta de títulos na carreira – havia curiosidade sobre como seria o duelo entre os estilos. Algo que só foi possível com a consolidação do trabalho do treinador com o título da Copa Libertadores.

Não há como falar em um confronto definitivo entre realidades iguais nesta sexta-feira. Uma derrota de Fernando Diniz não tem como ser vista como um fracasso de um estilo de jogo sobre o outro. Uma vitória seria considerada um feito de proporções épicas, dada as circunstâncias: um abismo financeiro.

A grande polêmica da semana no Brasil foi um artigo publicado pelo tradicional jornal inglês Telegraph que chamava o time do Fluminense de um conjunto de “soccer aid”, uma espécie de pelada comemorativa de fim de ano repleta de atletas aposentados. Apesar da forma completamente desrespeitosa como o campeão da Libertadores foi retratado, a realidade é conhecida: a dificuldade dos clubes brasileiros em manterem os craques no auge.

Entre os destaques do Fluminense em 2023, apenas dois estão na faixa de idade em que costumamos ver atletas no seu auge: Arias e Nino, com 26 anos. De resto, jovens talentosos e promissores, como André, Martinelli e John Kennedy, sendo o primeiro o único titular absoluto ao longo de toda a temporada. E veteranos, dois deles já na casa dos 40 anos: Fábio e Felipe Melo.

Do lado do Manchester City, Guardiola pode contar basicamente com o jogador que quiser, na hora que pretender, com dinheiro ilimitado garantido pelos petrodólares. Quando a falta de eficiência na frente era um problema, bastou abrir o bolso para buscar Erling Haaland. Apenas Jack Grealish, coadjuvante de luxo do elenco, custou para os Cityzens mais que todo o valor combinado do elenco tricolor, e isso mesmo com a valorização natural dos campeões da Liberta.

Nada isso impede de vermos um espetáculo nesta sexta-feira de bom futebol. Se há algo que aproxima Diniz e Guardiola é a busca pelo jogo bonito, sem deixar de lado a obsessão pelas vitórias. Que venha uma grande final!

Fonte: Ogol

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