Juan Dinenno, reforço encaminhado pelo Cruzeiro para o ataque, é daqueles atacantes argentinos que não conseguiram reconhecimento em casa. Teve de sair e se firmar em ligas menores na América do Sul, e no México se tornou ídolo com a camisa do Pumas.
Cria do Racing, Dinenno somou apenas quatro gols em 23 jogos no Campeonato Argentino. Não se firmou na Academia, e tampouco quando esteve cedido a Temperley e Aldosivi. O atacante teve de buscar reconhecimento fora do país.
Foi no Equador que Dinenno mostrou sua faceta artilheira. Em 2017, marcou 21 gols em 46 partidas pelo Deportivo Cuenca, lutando pela artilharia da liga local. Na temporada seguinte, foram 17 tentos em 42 jogos pelo Barcelona de Guayaquil.
Foi na Colômbia, porém, que Dinenno viveu a grande temporada da carreira. Vestindo verde y blanco pelo Deportivo Cali, somou 27 gols em 55 partidas. Só um jogador no futebol colombiano fez mais gols que ele naquela temporada: Germán Cano, hoje ídolo do Fluminense.
Além de disputarem a artilharia da liga, Dinenno e Cano rivalizaram, em 2019, na decisão da Copa da Colômbia. Em dois jogos, o artilheiro do Deportivo Cali marcou uma vez, enquanto seu compatriota, Cano, fez dois gols, inclusive o do título do Independiente Medellín.
Após o grande destaque no futebol colombiano, Dinenno se mudou para o México. Mas sua transferência ao Pumas aconteceu quase que por acaso, já que o scout do clube havia sido enviado para a Colômbia para observar outro jogador.
Dinenno, entretanto, chamou a atenção do scout não apenas pelos gols, mas pela raça e pela movimentação em campo. O Pumas acabou aceitando a sugestão do olheiro e levou o argentino para o México em 2020.
O início de Dinenno no Pumas foi de muitos gols: nos primeiros nove jogos, o atacante marcou cinco vezes. Em março daquele ano, porém, o futebol parou por conta da pandemia.
Com a volta do futebol, Dinenno se consolidou como ídolo do Pumas. Voltou a colocar o time na luta por títulos no país, e entrou no top 10 dos maiores artilheiros da história do clube, chegando a 60 tentos em 147 partidas. Líder do time no vestiário, Dinenno era capitão da equipe. Ganhou o apelido de “El Comandante“.
Em 2023, porém, o argentino perdeu espaço no time para o uruguaio Gabriel Fernández. Na atual temporada, Fernández somou 18 jogos como titular, contra oito de Dinenno.
Sem a faixa de capitão e o protagonismo de outros tempos, o argentino se acertou com o Cruzeiro, de Nicolás Larcamón, a quem enfrentou no México nas últimas temporadas.
Camisa 9, Dinenno tem como principal característica o faro de gol. É um atacante de estatura alta, mas que se movimenta bastante fora da área e joga bem de costas para o gol, fazendo o pivô. Aos 29 anos, chega ao Brasil buscando reencontrar o protagonismo de outros tempos, mas com a promessa de gols.
Fonte: Ogol
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