O técnico Luís Castro deu sua visão sobre a derrocada do Botafogo após sua saída do comando do clube. O português diz “jamais ter pensado” que o Glorioso pudesse perder o título do Campeonato Brasileiro.
“Foi com tristeza que não vi o Botafogo campeão. Depois de ver a equipe com 13 pontos de vantagem jamais pensei que iria perder. Mas não é o fim do mundo, porque o Botafogo é um clube de grande prestígio, com uma história maravilhosa e ídolos que são referências do futebol mundial. A torcida é muito emocional e adora o clube”, declarou Castro para o jornal O Jogo.
O treinador português evitou especular os motivos pela queda de rendimento do Botafogo. Luís Castro relembrou que os mesmos que queriam sua demissão após o Campeonato Carioca, foram os que bradaram pelo permanência com o clube em bom momento. O técnico garantiu, no entanto, que a constante pressão não teve peso em sua decisão de rumar ao Al-Nassr.
“Quem bate esquece, mas quem leva nunca esquece. Não saí por isso, mas sim pela oportunidade única que tive. No futebol, não são só os clubes que podem dispensar treinadores. Às vezes também pode acontecer o contrário. (Os jogadores) eram fantásticos, mas como em tudo na vida é necessário contexto para a qualidade de manifestar. Em determinado momento esse contexto não existiu e aconteceu o que toda a gente sabe. É uma equipe que jamais esquecerei”, disse o português.
Luís Castro foi perguntado da possibilidade de, um dia, voltar ao Brasil. O comandante não escondeu sua admiração pelo futebol brasileiro e deixou a possibilidade em aberto.
“Gostei muito e um dia talvez volte. Aliás, posso afirmar que gostaria de voltar ao Brasil. Tenho muito boas recordações de tudo. É um campeonato com uma competitividade enorme, há equipes campeãs que descem de divisão. Nada pode ser dado como adquirido, pois a luta é até ao fim”, elogiou Castro.
Por fim, o técnico português reservou algumas palavras aos torcedores do Botafogo e em geral no país. Luís Castro reconheceu que a pressão no Brasil é diferente, mas elogiou a paixão com que o futebol é vivido.
“Há momentos em que é melhor não sair de casa, mas nunca tive uma má abordagem na rua. Agradeço ao povo brasileiro a forma como sempre fui tratado. Senti apoio e carinho. O Brasil é uma paixão. Os estádios estão sempre cheios, a emoção é permanente. Tudo ferve e é preciso estar pronto para aguentar o embate. Há momentos violentos em termos mentais, com pressão enorme, mas quando estamos determinados pode vir a pressão toda”, finalizou Luís Castro.
Fonte: Ogol
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