Sexta-feira, Setembro 20, 2024
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Vaticano rebate crítica sobre bênçãos a casais homoafetivos e explica que doutrina não mudou

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A Igreja esclarece que as bênçãos pastorais não indicam uma mudança na doutrina.

Na quinta-feira, 5, o Vaticano respondeu às críticas conservadoras dentro da Igreja Católica sobre as bênçãos a casais gays, que o Papa Francisco autorizou no final de 2023. Segundo o Vaticano, a permissão não significa que a doutrina mudou.

Desde a aprovação da bênção pelo Papa, setores mais conservadores se manifestaram, chegando a acusar de heresia e blasfêmia. No entanto, o Vaticano defendeu a decisão, esclarecendo que são bênçãos pastorais, diferentes das bênçãos litúrgicas do matrimônio.

A Conferência Episcopal de Moçambique anunciou que não seguirá a recomendação, alegando que as bênçãos causam questionamentos e perturbações nas comunidades cristãs. A mesma decisão foi tomada em Malauí e Zâmbia, países onde a relação homossexual é criminalizada. Além disso, bispos de Angola, Quênia, Nigéria, São Tomé e Príncipe, Uganda e Zimbábue também se posicionaram contra a bênção a casais do mesmo sexo.

Diante das reações e dúvidas, o cardeal argentino Víctor Manuel Fernández, prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, emitiu um comunicado para esclarecer a diferença entre as bênçãos litúrgicas e as bênçãos pastorais. Ele ressaltou que as bênçãos pastorais são breves e não aprovam nem justificam a situação em que essas pessoas se encontram. Assim, a doutrina da Igreja em relação ao matrimônio e à sexualidade não sofreu alterações.

O Vaticano reconheceu a necessidade de um tempo maior de reflexão pastoral diante da forma como a declaração foi recebida nas dioceses. O comunicado também destacou que a aplicação das bênçãos pode demandar mais ou menos tempo, dependendo dos contextos locais e do discernimento de cada bispo. Em alguns lugares, a aplicação pode ser imediata, enquanto em outros é necessário tomar todo o tempo necessário para a leitura e interpretação.

A Igreja Católica continua a condenar as relações homossexuais, que classifica como pecado. Desde sua eleição em 2013, o Papa Francisco tem insistido na importância de abrir a Igreja, em particular aos fiéis LGBT+, mas seus esforços encontram forte resistência.

Fonte: Jovem Pan News

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