Sexta-feira, Setembro 20, 2024
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Rússia Intensifica Ataques Aéreos na Ucrânia com Nova Tática

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A Rússia adota uma nova estratégia de saturação das defesas antiaéreas ucranianas, resultando em um aumento de baixas civis.

Nesta segunda-feira, a Rússia intensificou seus ataques aéreos na Ucrânia, resultando na morte de pelo menos quatro pessoas. À medida que o conflito se aproxima de seu segundo ano, a Rússia adotou uma nova tática, utilizando drones e mísseis para sobrecarregar as defesas antiaéreas ucranianas. Enquanto as autoridades ucranianas afirmam que os civis foram alvos dos ataques, a Rússia insiste que visava apenas alvos militares.

Diferentemente dos ataques anteriores, as forças russas optaram por atingir áreas sem sistemas de defesa ocidentais avançados. A estratégia de usar drones e mísseis mais lentos para sobrecarregar as defesas aéreas e abrir caminho para armas mais rápidas e destrutivas tem se mostrado eficaz para a Rússia. Os resultados desses ataques são evidentes nos registros das Forças Armadas da Ucrânia.

Relatos indicam que todos os oito drones Shahed-136 de origem iraniana foram abatidos, assim como 18 dos 24 mísseis de cruzeiro da família Kh-55/101. No entanto, mísseis hipersônicos Kinjal, Kh-22, sistemas S-400, Kh-31 e balísticos Iskander, que voam a velocidades muito acima da do som, conseguiram atingir várias regiões ucranianas. A proporção de mísseis e drones abatidos, 26 de 59, está abaixo do que Kiev costuma anunciar. Dados oficiais mostram que, entre outubro de 2022 e setembro de 2023, 82% dos ataques aéreos russos foram interceptados pelos ucranianos. No entanto, esses dados também revelam um aumento no uso de drones ao longo do ano, poupando mísseis para a ação atual. A destruição de uma bateria americana Patriot no final do ano passado pode explicar a menor eficiência das defesas ucranianas.

Nos últimos dias, a Ucrânia tem solicitado mais defesas antiaéreas ao Ocidente. Os Estados Unidos forneceram mísseis para o sistema Nasams, mas não novos lançadores. A Alemanha prometeu enviar outra bateria Patriot, semelhante àquela que teria sido destruída em Kiev. No entanto, o problema agora é a falta de recursos. A Casa Branca anunciou que não tem mais dinheiro ou armas para enviar à Ucrânia, a menos que o Congresso aprove uma proposta de direcionar US$ 61 bilhões (aproximadamente R$ 300 bilhões) para o país neste ano. A oposição republicana argumenta que o pacote de ajuda não aborda a crise migratória na fronteira mexicana, gerando debates políticos sobre o apoio à Ucrânia na guerra. Os europeus também enfrentam obstáculos burocráticos para fornecer ajuda militar à Ucrânia. A Alemanha, por exemplo, está sendo pressionada a fornecer mísseis de cruzeiro de longo alcance Taurus, mas se recusa a fazê-lo, alegando que eles podem atingir o território russo e provocar uma escalada. Analistas apontam a estreia de mísseis balísticos norte-coreanos fornecidos aos russos como motivo para abandonar essas reservas.

Fonte: Jovem Pan News

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