Pacheco diz que decisão sobre MP da Reoneração será tomada antes do fim do recesso parlamentar

Lula cumprimenta Rodrigo Pacheco na Câmara

Decisão Será Tomada Após Conversa com Ministro da Fazenda

Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado, anunciou que tomará uma decisão sobre a devolução da medida provisória (MP) que reonera gradualmente 17 setores intensivos em mão de obra após conversar com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Vários líderes do Senado pediram a Pacheco que devolvesse o texto na íntegra para que os temas fossem debatidos por meio de projetos de lei. Pacheco planeja se reunir com Haddad nesta semana e comunicará sua decisão ainda neste mês.

Pacheco enfatizou que a manutenção da desoneração da folha de pagamento foi uma decisão consciente do Congresso Nacional. Ele discordou da justificativa do governo de que a desoneração poderia comprometer a meta fiscal de déficit zero, argumentando que existem outras formas de arrecadação e corte de despesas públicas.

Parlamentares e entidades pressionam Pacheco para devolver a MP, que revisa uma decisão do Congresso. O Congresso já havia derrubado um veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e prorrogado a desoneração por mais quatro anos, até 31 de dezembro de 2027. A MP, publicada em 29 de dezembro, estabelece o retorno gradual da cobrança de impostos sobre a folha de pagamentos de 17 setores intensivos em mão de obra, empregando mais de 9 milhões de pessoas. Esta medida contraria uma proposta promulgada pelo Congresso, que permitia que as empresas desses setores substituíssem a contribuição previdenciária por uma alíquota sobre a receita bruta do negócio. Na segunda-feira, frentes parlamentares, como a do empreendedorismo e a da agropecuária, defenderam que Pacheco devolvesse a MP. Além da reoneração parcial da folha de pagamento, a MP do governo também prevê limitações nas compensações tributárias feitas pelas empresas e alterações no Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse), criado durante a pandemia para beneficiar o setor cultural e prorrogado pelo Congresso até 2026.

Fonte: Jovem Pan News

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