Em resposta à crescente violência, o presidente Daniel Noboa anuncia a deportação de detentos estrangeiros, principalmente colombianos.
O presidente do Equador, Daniel Noboa, revelou nesta quarta-feira, 10, que o país começará a deportar detentos estrangeiros, em sua maioria colombianos. A medida visa reduzir a superlotação das prisões e os custos associados ao aumento da violência no país.
Segundo Noboa, aproximadamente 1.500 colombianos estão atualmente presos no Equador, representando 90% da população carcerária do país, juntamente com prisioneiros do Peru e da Venezuela. A declaração ocorre um dia após Noboa assinar um decreto que declara um “conflito armado interno” no Equador, ou seja, uma guerra civil. Esta ação drástica foi uma resposta à onda de criminalidade que se seguiu à fuga de Fito, líder de uma das principais organizações criminosas do país, conhecida como os Choneros, da prisão.
A imprensa local descreveu a madrugada de terça-feira, 9, como uma “noite de terror”, com explosões de carros-bomba em atos aparentemente coordenados, além do sequestro de quatro policiais. O caos continuou durante a tarde, quando homens encapuzados invadiram a sede da emissora TC na cidade portuária de Guayaquil, no sudoeste do país, mantendo o apresentador e os funcionários como reféns com armas e granadas durante uma transmissão ao vivo do telejornal El Noticiero, que foi interrompido em seguida.
A violência gerou pânico em municípios de todas as regiões do Equador. Pelo menos 13 pessoas morreram. Guayaquil, a maior cidade do país, entrou em colapso, com relatos de medo e correria após ações coordenadas de criminosos, que provocaram explosões e sequestraram policiais. Aqueles que não conseguiram voltar para casa buscaram abrigo em restaurantes ou empresas que fecharam as portas. A situação levou à suspensão das atividades presenciais em escolas, faculdades e órgãos públicos, além de atendimentos ambulatoriais nos centros de saúde e hospitais em todo o país.
Fonte: Jovem Pan News
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